São Paulo, sábado, 21 de junho de 2008

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outro lado

Congressistas negam ligação com esquema

MARIA CLARA CABRAL
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

João Magalhães (PMDB-MG) e Ademir Camilo (PDT-MG), os dois deputados que tiveram seus gabinetes vasculhados ontem, negaram qualquer tipo de participação no suposto esquema de fraude em licitações investigado pela Polícia Federal. Eles disseram que apenas cumprem seus papéis como deputados federais, trabalhando para liberar verbas para municípios mineiros.
Magalhães também foi citado nas investigações da máfia dos sanguessugas. Devido ao término da legislatura, ele não chegou a ser julgado e a representação acabou arquivada.
Sobre a Operação João de Barro, os congressistas disseram que não tiveram nenhuma atuação na escolha da destino dos recursos do PAC. Magalhães disse que a maioria das cidades onde foi mais votado nem foi contemplada pelos investimentos.
Camilo afirmou que, embora sua cidade, Teófilo Otoni, e Vespasiano, outro reduto eleitoral, tenham sido beneficiadas, contratos para as obras ainda não foram firmados. "Não tenho nenhuma ligação com as pessoas citadas [na operação]... Tudo relacionado ao PAC é decidido lá na Casa Civil. Eu não tenho nem chance de chegar lá", afirmou Camilo, que responde, no STF, a uma ação penal por falsificação de documento público. Ele se diz vítima de perseguição política local.
O Ministério das Cidades informou que foram exonerados dois servidores envolvidos no esquema investigado pela Operação João de Barro e se eximiu de responsabilidade pelas fraudes apontadas nas obras do PAC.
No fim da tarde de ontem, o telefone da Etenge não foi atendido.
A reportagem localizou na lista telefônica quatro empresas com o nome Global Engenharia. No início da noite, três telefones não atendiam.


Colaborou a Agência Folha, em Belo Horizonte


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