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Marcos Valério pagou empresa de Freud Godoy
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELO HORIZONTE
Prestadora de serviço da
última campanha de Luiz
Inácio Lula da Silva, a empresa de segurança do ex-assessor especial da Presidência Freud Godoy recebeu R$
98,5 mil, em 2003, de uma
das agências de Marcos Valério de Souza, acusado de ser o
operador do mensalão.
A Caso Comércio e Serviço
recebeu o dinheiro da
SMP&B Comunicação. A
transação, presente na contabilidade de Marcos Valério, consta da base de dados
da CPI dos Correios. A operação foi feita em 21 de janeiro de 2003 no Banco Rural.
Godoy foi exonerado do
cargo, a pedido, na última segunda-feira, depois de seu
nome ser envolvido na operação de compra do dossiê
contra tucanos.
Em depoimento à CPI dos
Correios, o publicitário Duda
Mendonça admitiu ter recebido do PT, por meio de Marcos Valério, dinheiro de caixa
dois referente às campanhas
de 2002, mas isentou a campanha presidencial.
O relator da CPI dos Correios, deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR), disse que
encaminhará os documentos
para o Ministério Público. "A
transação efetivamente
ocorreu, mas na época não
nos chamou atenção porque
não conhecíamos essa empresa [Caso].
No papel, a Caso Comércio
de Serviços atuava no "comércio atacadista de produtos químicos" e tinha capital
social de R$ 10 mil. Recebeu,
em gastos declarados ao TSE
(Tribunal Superior Eleitoral), R$ 101,5 mil do comitê
eleitoral presidencial. Trabalhou ainda para a campanha
de José Dirceu (PT) a deputado federal, por só declarados R$ 4.400.
A base de dados da CPI
também mostra que outra
empresa de Godoy recebeu
R$ 22,8 mil, em 2004, de
duas empresas de Duda
Mendonça: a CEP Comunicação e a Duda Mendonça &
Associados. A beneficiada foi
a Caso Sistemas de Segurança, que está em nome da mulher de Godoy, Simone, e do
irmão dela, Kléber Michel
Messeguer Pereira.
Em nota, Marcos Valério
alegou que já prestou todas
as informações sobre o mensalão a vários órgãos e que
entregou também "milhares
de documentos" a essas instituições. Marcelo Leonardo,
advogado do empresário,
disse que a manifestação sua
ou do seu cliente ficaria "no
limite da nota", que não confirma nem nega o depósito.
A nota diz ainda que Valério pediu, em 15 de agosto
passado, a "rejeição da denúncia oferecida" ao STF pela Procuradoria Geral da República. "A acusação foi baseada em provas obtidas por
meios ilícitos e não individualiza", afirma.
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