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Ciro afirma que
bancaria Benedita
e ataca críticos
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELO HORIZONTE
O ministro da Integração Nacional, Ciro Gomes, afirmou
ontem que, independentemente da posição do Conselho de
Ética Pública da Presidência da
República, "bancaria politicamente" a ministra Benedita da
Silva (Assistência e Promoção
Social) em relação à viagem
que ela fez à Argentina.
"Não estou fazendo juízo de
valor. O conselho de ética não é
do governo, o conselho de ética
é livre. Ele entendeu lá, eticamente, o que achava que deveria ser: que ela deveria recolher
o dinheiro e se explicar. [...] Eu,
politicamente, bancaria a Benedita e fim de papo."
As declarações de Ciro foram
dadas no início da tarde, após
realizar uma série de exames
médicos de rotina, em uma clínica em Belo Horizonte, e antes
de o presidente Lula resolver a
delicada situação da ministra.
Mas sua fala não ficou só na
defesa. Além de dizer que falar
em demissão da ministra é
"um exagero de quem está querendo colocar cabelo em ovo",
Ciro, sem nominar, atacou os
setores que, para ele, buscam
achar "escândalos" no governo
Lula a partir desse caso.
"Tomamos o governo onde a
corrupção, a ladroeira, a fisiologia, o clientelismo eram praticamente as marcas dominantes. E tudo que esses setores engajados na safadeza no Brasil,
com sua influência modesta ou
larga na imprensa de São Paulo, conseguem identificar como escândalo é o fato de uma
ministra, na condição de ministra, ter sido convidada para
ir a um evento ou conjunto de
eventos na Argentina", disse.
Sobre se Lula faz um governo
incorruptível, respondeu: "Ele
[Lula] é incorruptível. Nenhum governo, como instituição, pode se proclamar enquanto tal. [...] Nosso governo
não tem precedente de corrupção. E isso é bastante gostoso
de dizer".
(PAULO PEIXOTO)
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