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São Paulo, terça-feira, 21 de outubro de 2003

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Ciro afirma que bancaria Benedita e ataca críticos

DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELO HORIZONTE

O ministro da Integração Nacional, Ciro Gomes, afirmou ontem que, independentemente da posição do Conselho de Ética Pública da Presidência da República, "bancaria politicamente" a ministra Benedita da Silva (Assistência e Promoção Social) em relação à viagem que ela fez à Argentina.
"Não estou fazendo juízo de valor. O conselho de ética não é do governo, o conselho de ética é livre. Ele entendeu lá, eticamente, o que achava que deveria ser: que ela deveria recolher o dinheiro e se explicar. [...] Eu, politicamente, bancaria a Benedita e fim de papo."
As declarações de Ciro foram dadas no início da tarde, após realizar uma série de exames médicos de rotina, em uma clínica em Belo Horizonte, e antes de o presidente Lula resolver a delicada situação da ministra.
Mas sua fala não ficou só na defesa. Além de dizer que falar em demissão da ministra é "um exagero de quem está querendo colocar cabelo em ovo", Ciro, sem nominar, atacou os setores que, para ele, buscam achar "escândalos" no governo Lula a partir desse caso.
"Tomamos o governo onde a corrupção, a ladroeira, a fisiologia, o clientelismo eram praticamente as marcas dominantes. E tudo que esses setores engajados na safadeza no Brasil, com sua influência modesta ou larga na imprensa de São Paulo, conseguem identificar como escândalo é o fato de uma ministra, na condição de ministra, ter sido convidada para ir a um evento ou conjunto de eventos na Argentina", disse.
Sobre se Lula faz um governo incorruptível, respondeu: "Ele [Lula] é incorruptível. Nenhum governo, como instituição, pode se proclamar enquanto tal. [...] Nosso governo não tem precedente de corrupção. E isso é bastante gostoso de dizer". (PAULO PEIXOTO)


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