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SÃO PAULO
Prefeita licenciada diz em evento no sindicato local que resolverá questão do trabalho dos funcionários do comércio de SP aos domingos
Marta faz promessa agora para comerciários
PEDRO DIAS LEITE
CHICO DE GOIS
DA REPORTAGEM LOCAL
A prefeita licenciada de São
Paulo, Marta Suplicy (PT), fez ontem mais uma promessa, dessa
vez a de resolver até o final do ano
o problema do trabalho dos funcionários do comércio aos domingos, que se arrasta há anos.
Em 1997, uma Medida Provisória transformou o domingo em
dia normal de trabalho para o comércio varejista, que agora pode
abrir normalmente. Desde então,
o Sindicato dos Comerciários luta
com as empresas e os governos federal e municipal por contrapartidas, como aumento do número
de empregados ou um adicional
para cada domingo trabalhado.
A Câmara Municipal chegou a
aprovar uma lei sobre o tema no
final de 2002, que está suspensa
por disputas judiciais. Ontem,
Marta prometeu chegar a uma solução até o final do ano, em palestra justamente no Sindicato dos
Comerciários de São Paulo.
Na reta final de campanha, Marta já anunciou várias medidas
com impacto direto na disputa
eleitoral, como o aumento de verbas para entidades sociais, o fim
da taxa dos motoboys e a promessa de acabar também com a taxa
da luz, daqui a dois anos.
Segundo o presidente do sindicato, Ricardo Patah, a entidade, ligada à Força Sindical, reúne 430
mil trabalhadores e 70 mil lojas.
Ele afirmou que não vê nenhuma
conotação eleitoral no anúncio da
prefeita, apesar de a questão estar
em pauta desde o início do seu governo, sem solução.
A prefeita voltou a criticar o governador Geraldo Alckmin. Ela
disse que "o governo do Estado,
que fala que se empenha tanto na
saúde e é do PSDB, não gasta os
12% que tem de gastar na saúde".
Marta se referia à Emenda
Constitucional 29, que estabeleceu que os Estados devem aplicar,
no mínimo, 12% da arrecadação
na saúde. Os municípios são obrigados a gastar 15%.
De acordo com a petista, para
atingir o limite exigido de gastos
com o setor, o governo do Estado
inclui despesas como o programa
Bom Prato (restaurante populares que servem refeição a R$ 1) e
até um programa habitacional
chamado Sonho Meu (construção de casas populares).
Em nota, a Secretaria Estadual
da Saúde negou que o governo estadual utilize esses programas sociais na contabilização dos gastos.
"A prefeita mostra total desconhecimento ao atacar o governo
do Estado com críticas ao orçamento da Secretaria Estadual da
Saúde", afirma a nota. "Os programas citados pela prefeita não
fazem parte do orçamento da Secretaria de Saúde."
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