RICARDO BRANDT
DA REPORTAGEM LOCAL

O candidato do PSDB a prefeito de São Paulo, José Serra, que tem priorizado suas visitas de campanha aos pontos onde foi derrotado no primeiro turno, vai hoje às 5h30 para a frente de uma fábrica na zona sul pedir votos para os metalúrgicos.
A intenção dos tucanos é capitalizar o apoio do candidato derrotado do PDT, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho -presidente afastado da Força Sindical, que teve 86,5 mil votos (1,4% dos válidos).
O tucano será acompanhado por Paulinho e pelo atual presidente da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna, na visita à Companhia Metalúrgica Prada.
Serra recebe ainda hoje o apoio de sindicalistas filiados a três centrais sindicais: Força Sindical, CGT (Confederação Geral dos Trabalhadores) e SDS (Social Democracia Sindical).
"O movimento sindical é um importante apoio para a campanha", afirmou o presidente do Diretório Municipal do PSDB, Edson Aparecido.
Serra negou qualquer estratégia de direcionamento de busca de votos. "Eu tenho ido onde perdi e onde ganhei", disse o candidato.
Apesar da negativa, Serra encerra neste domingo a visita a todas as 15 regiões onde a prefeita Marta Suplicy (PT) teve maior votação.
Ontem, Serra fez campanha nas regiões de Pirituba e Perus (zona norte). No bairro Jardim Damasceno, o candidato visitou uma favela na beira de um córrego, e aproveitou para atacar o PT.
"É uma ironia que eles [petistas] se apresentem como candidatos dos pobres, porque os pobres estão aqui e em benefício deles nada foi feito", atirou Serra.

Conflito
Militantes tucanos e petistas entraram em conflito ontem durante caminhada do candidato José Serra no bairro Morro Doce.
Em clima de torcida, os dois grupos de militantes se encontraram em frente a uma padaria do bairro, onde Serra parou para tocar café. A confusão começou quando uma militante do PT, que não quis se identificar, entrou entre os cabos eleitorais tucanos e começou a agitar a bandeira.
Duas militantes do PSDB reagiram e tentaram tirar a bandeira da petista. Uma delas, Maria Rita da Costa, 54, chegou a chutar a petista. A duas foram separadas pelos próprios colegas.
Minutos antes, no bairro Jardim Damasceno, um ovo foi atirado em direção ao candidato, mas passou longe e atingiu um carro que acompanhava o tucano.
O PT não quis comentar a confusão entre os militantes.


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