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Candidatos apenas repetem estatísticas
GUSTAVO PATU
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Enquanto simulavam um
confronto de idéias no debate do SBT, Luiz Inácio Lula
da Silva e Geraldo Alckmin
fugiram do essencial e se dedicavam ao acessório. As
questões centrais em economia, distribuição de renda,
saúde, educação e segurança
pública foram ignoradas anteontem. Perguntas e respostas tangenciaram os temas, apenas para embaraçar
o adversário.
Desde 2000, por exemplo,
o país aguarda a legislação
sobre os gastos públicos mínimos em saúde -hoje vale a
regra que estabelece a expansão das despesas nas proporções do crescimento econômico. O tema foi um pretexto para que Alckmin acusasse Lula de desviar R$ 1,6
bilhão da saúde. Lula retrucou dizendo que a saúde
nunca esteve tão bem como
no seu governo.
O ponto mais importante
da agenda educacional foi
restringido a um bate-boca.
Lula acusou o PSDB de boicotar a aprovação do Fundeb, o fundo para o ensino
básico que é uma ampliação
do Fundef, do ensino fundamental -criado pelos tucanos contra o voto do PT.
Alckmin utilizou uma resposta ensaiada: disse que, se
Lula tem maioria para absolver mensaleiros, já deveria
ter aprovado o Fundeb.
Economia
A preocupação nacional
com as baixas taxas de crescimento desde a década de
80 virou uma disputa pelo
pior desempenho. Alckmin
apontou que, no governo Lula, o país é o "lanterna" no
ranking dos emergentes; Lula respondeu que, com FHC,
os números eram piores.
Perderam a chance de repetir a formula que defendem para o crescimento: corte de gastos públicos, seguido
de queda dos juros e da carga
tributária.
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