São Paulo, sábado, 21 de outubro de 2006

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Candidatos apenas repetem estatísticas

GUSTAVO PATU
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Enquanto simulavam um confronto de idéias no debate do SBT, Luiz Inácio Lula da Silva e Geraldo Alckmin fugiram do essencial e se dedicavam ao acessório. As questões centrais em economia, distribuição de renda, saúde, educação e segurança pública foram ignoradas anteontem. Perguntas e respostas tangenciaram os temas, apenas para embaraçar o adversário.
Desde 2000, por exemplo, o país aguarda a legislação sobre os gastos públicos mínimos em saúde -hoje vale a regra que estabelece a expansão das despesas nas proporções do crescimento econômico. O tema foi um pretexto para que Alckmin acusasse Lula de desviar R$ 1,6 bilhão da saúde. Lula retrucou dizendo que a saúde nunca esteve tão bem como no seu governo.
O ponto mais importante da agenda educacional foi restringido a um bate-boca. Lula acusou o PSDB de boicotar a aprovação do Fundeb, o fundo para o ensino básico que é uma ampliação do Fundef, do ensino fundamental -criado pelos tucanos contra o voto do PT. Alckmin utilizou uma resposta ensaiada: disse que, se Lula tem maioria para absolver mensaleiros, já deveria ter aprovado o Fundeb.

Economia
A preocupação nacional com as baixas taxas de crescimento desde a década de 80 virou uma disputa pelo pior desempenho. Alckmin apontou que, no governo Lula, o país é o "lanterna" no ranking dos emergentes; Lula respondeu que, com FHC, os números eram piores.
Perderam a chance de repetir a formula que defendem para o crescimento: corte de gastos públicos, seguido de queda dos juros e da carga tributária.


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