São Paulo, domingo, 21 de outubro de 2007 |
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Painel RENATA LO PRETE painel@uol.com.br Salva-vidas
Longe das câmeras, ganha corpo no Senado uma articulação, que passa por governadores de peso, para
evitar a cassação de Renan Calheiros (PMDB-AL) em
troca de sua renúncia. Ele aceita fazer negócio e só
não entregou a mercadoria ainda porque quer garantia da contrapartida, a saber: o compromisso de que as
acusações remanescentes sejam enterradas já no
Conselho de Ética, pois o presidente licenciado sabe
que não tem mais maioria no plenário. Nesse desenho, cresce a importância do personagem Jefferson
Péres (PDT-AM), relator do mais cabeludo dos processos -o que trata da suspeita de uso de laranjas para comprar veículos de comunicação em Alagoas. A
legião da boa vontade com Renan é suprapartidária.
Inclui governistas, tucanos graúdos e vários "demos". Veja bem. Nas conversas com senadores, Jefferson Péres tem dito que será "difícil" pedir a cassação de Renan só com base no depoimento de João Lyra. "Como se trata de um crime, é preciso ter prova", costuma repetir. Ou pelo menos uma acareação -que o usineiro se recusa a fazer. Amarelou. João Lyra tenta evitar a qualquer custo depor ao Conselho de Ética em sessão aberta. Quer falar ao relator e a uns poucos senadores, de preferência em Alagoas. O medo se deve ao fato de que, ao descrever operação que teria envolvido o uso de laranjas e contratos de gaveta, também ele admitiu ato ilícito. Sintonia 1. Lula deve vetar a emenda que desobriga o trabalhador de pagar o imposto sindical caso o Senado não altere o projeto que legitima a existência as centrais.
Sintonia 2. O governo enxerga dois pesos e duas medidas na matéria, já que a obrigatoriedade se mantém para sindicatos patronais, que, ao
contrário das entidades de
trabalhadores, não serão fiscalizados pelo TCU. Blitz 2. Estima-se que o pente-fino venha a descredenciar algo como 30% das entidades autorizadas a fazer descontos diretamente dos salários do funcionalismo. E aí? No dia 23 de agosto, a Comissão de Relações Exteriores do Senado pediu ao ministro Tarso Genro (Justiça) informações sobre o avião que levou os pugilistas cubanos do Rio para Havana. Na mesma sessão, aprovou pedido de informações à Defesa a respeito do mesmo tema. Até agora, ninguém respondeu. Nesta semana haverá cobrança. Timing. A turma de Gilberto Kassab (DEM) espera que Geraldo Alckmin não apenas desista de disputar a sucessão paulistana como o faça perto do prazo-limite para o lançamento de candidaturas, de modo que nenhum outro tucano resolva atrapalhar o projeto reeleitoral do prefeito. Público-alvo. Jilmar Tatto (SP) lançará sua candidatura à presidência do PT na CCJ da Câmara, na terça-feira. Tudo a fim de prestigiar a bancada.
Vento sul. José Eduardo
Cardozo começa hoje por
Santa Maria, terra de Tarso
Genro, sua campanha para
comandar o PT. Lá, defenderá
o orçamento participativo no
partido -para fustigar o atual
tesoureiro, Paulo Ferreira,
gaúcho e adversário de Tarso. De WELLINGTON SALGADO (PMDB-MG), expoente da antiga tropa de choque de Renan Calheiros, sobre as movimentações do senador petista para se cacifar no comando da Casa. Contraponto Na cola
O ministro Paulo Bernardo esteve quinta-feira na Comissão Mista de Orçamento para conversar com os parlamentares sobre a peça de 2008. Ao final, ele, que como
deputado presidiu a comissão na legislatura passada, foi
abordado por Pedro Novaes (PMDB-MA): |
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