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memória
Ação causa atrito entre fiscais e Senado
A denúncia da existência
de funcionários em situação
análoga à de trabalho escravo em usina de álcool e açúcar, no Pará, criou desentendimento entre o Ministério
do Trabalhos e o Senado.
No início de julho, 1.064
trabalhadores (a maior parte, cortadores de cana) da
Usina Pagrisa tiveram seus
contratos rescindidos, depois que fiscais consideraram que estavam em situação análoga à de trabalho escravo. A Petrobras suspendeu a compra de álcool da
usina, em razão do relatório.
A usina apoiada pelas entidades empresariais do Pará
recorreram ao Senado, que
instaurou uma comissão especial externa, de oito senadores, para averiguar as rescisões. O presidente da comissão, Jarbas Vasconcelos
(PMDB-PE), e mais os senadores Romeu Tuma (DEM-SP), Kátia Abreu (DEM-TO),
Flexa Ribeiro (PSDB-PA) e
Cícero Lucena (PSDB-PB)
foram até a fazenda e soltaram nota, posteriormente,
afirmando que a Pagrisa oferece condições adequadas de
trabalho, contestando a fiscalização do ministério.
Por causa da interferência,
a secretária de Inspeção do
Trabalho, do Ministério do
Trabalho, Ruth Vasconcelos
Vilela, suspendeu em 26 de
setembro as ações de fiscalização de combate ao trabalho escravo.
As ações só foram retomadas na segunda semana de
outubro, depois que o Ministério do Trabalho anunciou
parceria com a AGU (Advocacia-Geral da União) para
dar respaldo as ações.
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