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BOLSA FAMÍLIA
Votação sobre benefício deve dividir a oposição no Senado
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A oposição ao governo no
Senado deve rachar nesta semana na votação do projeto
de lei que cria um benefício
para as famílias atendidas
pelo Bolsa Família, o que
corresponderia a um 13º salário. A proposta, que está
trancando a pauta do plenário, é do senador Efraim Morais (PFL-PB), mas não conta com o apoio do PSDB.
"Pretendo, de uma forma
muito fraterna, dialogar com
o PFL para mostrar as razões
pelas quais sou contra", disse
o líder tucano, senador Arthur Virgílio (AM). Ele defende que se encontre uma
porta de saída para as pessoas atendidas pelo programa de transferência de renda
do governo federal.
Carro-chefe das eleições
deste ano, o Bolsa Família virou objeto de constrangimento para a base aliada no
Senado, que terá de tomar a
medida impopular de votar
contra o projeto de lei. A intenção do PFL é mostrar que
o programa seria eleitoreiro.
Passada a eleição, o presidente do PFL, senador Jorge
Bornhausen (SC), afirmou
que o partido seguiria caminho independente do PSDB,
apesar de continuarem
atuando juntos no Congresso Nacional para terem mais
chances de se contrapor aos
partidos da base aliada.
O PFL desistiu da candidatura do prefeito do Rio de Janeiro, César Maia, à Presidência da República para
apoiar o candidato do PSDB,
Geraldo Alckmin.
A intenção do partido é
lançar candidato próprio em
2010. Na oposição, os pefelistas têm sido mais radicais do
que os tucanos.
Virgílio minimizou o racha
entre os dois partidos na votação do Bolsa Família. "O
essencial é combatermos a
corrupção e equívocos administrativos do governo", disse ele.
(FK)
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