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Painel
VERA MAGALHÃES (interina) - painel@uol.com.br
Balcão aberto
Com mais tempo após o adiamento da votação da
CPMF, o governo abriu o balcão de negociações individuais para tentar aprovar a prorrogação do tributo.
Walfrido dos Mares Guia (Relações Institucionais)
recebeu ontem o descontente Magno Malta (PR), que
viu um aliado seu ser demitido sem aviso prévio da
companhia Docas do Espírito Santo. Na volta, Malta
admitiu que seu "não" à contribuição pode mudar.
Já o aceno com a siderúrgica do Ceará visa não só o
tucano Tasso Jereissati mas também a aliada Patrícia
Saboya (PDT), que já mandara recado de que votaria
contra o governo. E Cristovam Buarque (PDT-DF)
diz que aceita conversar se houver garantia de que a
Educação estará a salvo da DRU, que permite remanejar até 20% do orçamento de cada área.
Ensaiado. A mudança de tática do PSDB, que passou a
atrasar a tramitação do caso
Renan Calheiros (PMDB-AL)
na CCJ, foi combinada por
Arthur Virgílio (AM) com senadores do DEM no domingo.
Forcinha. O governo obteve
de governadores tucanos a garantia de que o PSDB não fechará questão contra a
CPMF, o que deixará brecha
para que alguns senadores votem a favor da contribuição.
Balela. Aliados ferrenhos de
Renan faziam circular ontem
que ele poderia reassumir a
presidência da Casa para neutralizar a manobra da oposição de atrasar o caso. Mas o
PMDB negava a hipótese.
Palmômetro. Após circular animado pelo plenário e
apertar mãos de quem encontrou, Renan anotou: Aloizio
Mercadante (PT-SP), Renato
Casagrande (PSB-ES) e Tasso
foram frios. Já o aguerrido
Demóstenes Torres (DEM-GO) contou até uma piada.
Paranóia. O PMDB já estava subindo pelas paredes por
enxergar uma movimentação
de Tião Viana (PT-AC) para
ficar no cargo até fevereiro. Os
rasgados (e propositais) elogios de Arthur Virgílio ao petista fecharam de vez o tempo
entre os peemedebistas.
Espelho. Site da GQ americana, revista de moda masculina, põe Lula entre os líderes
mais bem vestidos do mundo.
"Seus paletós de três botões
ajudam a reduzir a percepção
de sua barriga e dão verticalidade", anota um colunista.
Batata. Policiais federais
que acompanham o caso da
doação da Cisco ao PT por
meio de duas empresas laranjas dão como certo que um delegado "afinado com Brasília"
deve assumir a investigação.
Ajudinha. Futuro presidente do PSDB, Sérgio Guerra
defenderá transição para que
centrais se adaptem ao fim do
imposto sindical obrigatório.
Datatucano. Encarregado
pela direção do PSDB de resolver a disputa entre Paulo
Renato de Souza (SP) e Luiz
Paulo Vellozo Lucas (ES) pela
presidência do Instituto Teotônio Vilela, o líder dos tucanos na Câmara, Antonio Carlos Pannunzio (SP), resolveu
consultar os deputados, um a
um. Diz que divulgará o resultado da "eleição" até amanhã.
S.O.S. 1. O chefe do Parque
Nacional de Brasília, Darlan
de Pádua, mandou ofício ao
diretor de Conservação do
Instituto Chico Mendes, Marcelo Francozo, em que critica
a portaria da ministra do
Meio Ambiente, Marina Silva,
que deixa o acesso ao local
gratuito para a população.
S.O.S. 2. Na carta, Pádua relata que a decisão, originada
pela não-renovação do contrato da empresa que fazia a
cobrança da entrada, levou à
falta de segurança, à superlotação e à depredação do parque, entre outros incidentes.
A ver navios. João Henrique Blasi (PMDB), ex-líder
do governador e correligionário João Henrique na Assembléia catarinense, teve sua nomeação para uma cadeira de
desembargador cancelada
por decisão judicial. Pouco
antes ele havia renunciado ao
mandato para assumir o novo
posto no Tribunal de Justiça.
Tiroteio
"O PT tenta nos fazer pensar que já recebeu a
visita do Papai Noel em 2007. Difícil é acreditar."
Do deputado RODRIGO MAIA (RJ), presidente do DEM, sobre a arrecadação recorde dos petistas com empresários em ano não-eleitoral.
Contraponto
Luvas de pelica
Tasso Jereissati (CE) e Arthur Virgílio (AM), que travam disputa não-declarada pela liderança do PSDB no Senado, trocaram ironias no plenário ontem. Ao criticar o
Planalto, Tasso fez uma brincadeira com Virgílio:
-Arthur às vezes é ingênuo de acreditar no governo!
-Minha tia Finoca me chamava de ingênuo. Ela já morreu, mas ainda bem que tenho Tasso para me alertar sobre minha ingenuidade-, replicou Virgílio.
-Peça à tia para rezar por mim -, atalhou Tasso.
O colega não perdeu a onda:
-Ela reza sempre. Até pelos meus inimigos, quanto
mais por um amigo querido como Vossa Excelência!
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