São Paulo, quarta-feira, 21 de novembro de 2007

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Processo é "esquizofrênico e ilógico", diz Renan

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Irritado com o adiamento do desfecho do processo de cassação, o presidente licenciado do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), disse que não decidiu se ampliará sua licença ou se renunciará ao posto porque enfrenta um processo "esquizofrênico, ilógico e, sobretudo, desumano". "Só vou pensar no que fazer quando eles estabilizarem o calendário", disse.
Renan protestava contra a manobra da oposição que adiou a votação do processo, inicialmente agendada para hoje na CCJ e, amanhã, no plenário. "Haviam marcado a data do dia 2 de novembro [para votar no Conselho de Ética], então tirei 20 dias a mais de licença da data que iriam votar. Não vão mais votar. Não posso dizer mais nada, todo o calendário proposto eu aceitei", afirmou.
O peemedebista atribuiu, nos bastidores, parte da manobra pelo adiamento ao presidente interino da Casa, Tião Viana (PT-AC). A avaliação é que o petista pretende conduzir a votação da prorrogação da CPMF no plenário, o que o "cacifaria" para ocupar o cargo.
Outro fator que irritou Renan foi a informação de que Tião alertou os tucanos da possibilidade de pedir diligências na CCJ para a conclusão do relatório. "Podemos pedir a opinião de especialistas sobre o processo. Se for necessário esticar a votação vamos fazer isso", disse Virgílio.
Reservadamente, líderes governistas foram orientados a não acelerar o desfecho do caso porque não há nome definido para suceder Renan, o que poderia deflagrar uma "guerra" no PMDB e atrapalhar a CPMF.
A aliados Renan disse que o adiamento lhe tirou o "ponto de equilíbrio". Ele contava que seria absolvido no plenário. O peemedebista passou o dia com advogados e decidiu adiar o envio da sua defesa aos senadores.


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