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Processo é "esquizofrênico e ilógico", diz Renan
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Irritado com o adiamento do
desfecho do processo de cassação, o presidente licenciado do
Senado, Renan Calheiros
(PMDB-AL), disse que não decidiu se ampliará sua licença ou
se renunciará ao posto porque
enfrenta um processo "esquizofrênico, ilógico e, sobretudo,
desumano". "Só vou pensar no
que fazer quando eles estabilizarem o calendário", disse.
Renan protestava contra a
manobra da oposição que adiou
a votação do processo, inicialmente agendada para hoje na
CCJ e, amanhã, no plenário.
"Haviam marcado a data do dia
2 de novembro [para votar no
Conselho de Ética], então tirei
20 dias a mais de licença da data que iriam votar. Não vão
mais votar. Não posso dizer
mais nada, todo o calendário
proposto eu aceitei", afirmou.
O peemedebista atribuiu, nos
bastidores, parte da manobra
pelo adiamento ao presidente
interino da Casa, Tião Viana
(PT-AC). A avaliação é que o
petista pretende conduzir a votação da prorrogação da CPMF
no plenário, o que o "cacifaria"
para ocupar o cargo.
Outro fator que irritou Renan foi a informação de que
Tião alertou os tucanos da possibilidade de pedir diligências
na CCJ para a conclusão do relatório. "Podemos pedir a opinião de especialistas sobre o
processo. Se for necessário esticar a votação vamos fazer isso", disse Virgílio.
Reservadamente, líderes governistas foram orientados a
não acelerar o desfecho do caso
porque não há nome definido
para suceder Renan, o que poderia deflagrar uma "guerra"
no PMDB e atrapalhar a CPMF.
A aliados Renan disse que o
adiamento lhe tirou o "ponto
de equilíbrio". Ele contava que
seria absolvido no plenário. O
peemedebista passou o dia com
advogados e decidiu adiar o envio da sua defesa aos senadores.
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