São Paulo, sábado, 21 de dezembro de 2002

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TRABALHO

Wagner venceu ACM em Salvador

LUIZ FRANCISCO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SALVADOR

Derrotado nas duas eleições para o Executivo que disputou -Prefeitura de Camaçari e governo do Estado-, o deputado Jaques Wagner (PT), 51, foge à regra dos políticos que fazem oposição ao principal líder político da Bahia, o senador eleito Antonio Carlos Magalhães (PFL).
Integrante da ala moderada do PT, o carioca Wagner tem trânsito livre com o PFL estadual. "Em todas as oportunidades que conversamos, o deputado mostrou que é um político hábil e competente, bem diferente da maioria dos seus colegas, que fazem oposição sistemática ao meu grupo", disse ACM.
Ativista político a partir do movimento estudantil de 68, Wagner abandonou o curso de engenharia da PUC-RJ (Pontifícia Universidade Católica) para trabalhar no Pólo Petroquímico de Camaçari (região metropolitana de Salvador). Ex-presidente do Sindiquímica (Sindicato dos Químicos e Petroquímicos) da Bahia, ingressou na vida pública em 1990, quando se elegeu deputado federal pela primeira vez.
Vice-líder do PT entre 93 e 97, foi o primeiro parlamentar a propor a criação de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para apurar denúncias contra o Orçamento da União. Instalada em 93, a CPI provocou cassações e renúncias de dez deputados.
Casado, três filhos, o futuro ministro disputou a Prefeitura de Camaçari, seu reduto eleitoral, em 2000. Após as apurações, a decepção -Wagner obteve apenas 31% dos votos e o PT elegeu apenas um vereador no município.
Disputando o governo baiano, Wagner surpreendeu nas urnas. Em um Estado controlado politicamente por ACM, o candidato petista ficou com 38,5% dos votos válidos e impôs uma derrota histórica ao governador eleito Paulo Souto (PFL), 59, em Salvador -Jaques Wagner obteve 626.515 votos (56,9%), contra 403.179 (36,6%) dados a Souto na capital.


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