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TRABALHO
Wagner venceu ACM em Salvador
LUIZ FRANCISCO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SALVADOR
Derrotado nas duas eleições para o Executivo que disputou
-Prefeitura de Camaçari e governo do Estado-, o deputado
Jaques Wagner (PT), 51, foge à regra dos políticos que fazem oposição ao principal líder político da
Bahia, o senador eleito Antonio
Carlos Magalhães (PFL).
Integrante da ala moderada do
PT, o carioca Wagner tem trânsito livre com o PFL estadual. "Em
todas as oportunidades que conversamos, o deputado mostrou
que é um político hábil e competente, bem diferente da maioria
dos seus colegas, que fazem oposição sistemática ao meu grupo",
disse ACM.
Ativista político a partir do movimento estudantil de 68, Wagner
abandonou o curso de engenharia
da PUC-RJ (Pontifícia Universidade Católica) para trabalhar no
Pólo Petroquímico de Camaçari
(região metropolitana de Salvador). Ex-presidente do Sindiquímica (Sindicato dos Químicos e
Petroquímicos) da Bahia, ingressou na vida pública em 1990,
quando se elegeu deputado federal pela primeira vez.
Vice-líder do PT entre 93 e 97,
foi o primeiro parlamentar a propor a criação de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para apurar denúncias contra o Orçamento da União. Instalada em
93, a CPI provocou cassações e renúncias de dez deputados.
Casado, três filhos, o futuro ministro disputou a Prefeitura de
Camaçari, seu reduto eleitoral,
em 2000. Após as apurações, a decepção -Wagner obteve apenas
31% dos votos e o PT elegeu apenas um vereador no município.
Disputando o governo baiano,
Wagner surpreendeu nas urnas.
Em um Estado controlado politicamente por ACM, o candidato
petista ficou com 38,5% dos votos
válidos e impôs uma derrota histórica ao governador eleito Paulo
Souto (PFL), 59, em Salvador
-Jaques Wagner obteve 626.515
votos (56,9%), contra 403.179
(36,6%) dados a Souto na capital.
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