|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
DIA DO APOSENTADO
Trezentos manifestantes protestam na Câmara
Sessão suspensa vira ato contra taxação
da Sucursal de Brasília
O presidente da Câmara dos
Deputados, Michel Temer
(PMDB-SP), suspendeu ontem
sessão solene que seria realizada
no plenário da Casa em homenagem ao Dia do Aposentado.
A suspensão da homenagem
gerou novos protestos contra a
aprovação anteontem da contribuição previdenciária dos servidores federais ativos e dos pensionistas, que ameaçam promover manifestações de rua contra
o governo federal.
Depois de serem impedidos de
ter acesso ao plenário, cerca de
300 aposentados lotaram o auditório Nereu Ramos, da Câmara,
usando tarjas pretas.
A homenagem suspensa acabou virando uma sessão de protesto.
Segundo o deputado petista
Paulo Paim (SP), autor do requerimento para homenagear os
aposentados, a sessão foi suspensa para evitar a veiculação da insatisfação dos servidores na TV
Câmara.
Um exemplar da Constituição
brasileira foi rasgado pelos manifestantes.
Segundo Paulo Paim, a sessão
solene havia sido aprovada e
agendada havia três meses.
"Temer não teve coragem de
encarar os aposentados depois
de terem aprovado o confisco
dos seus salários", disse ele, que
foi informado da suspensão da
sessão no final da noite de anteontem.
A assessoria de Temer não retornou ligação da Folha para esclarecer a versão da Presidência
da Casa sobre o episódio.
"Foi melhor não pisarmos no
chão onde foram vendidos os direitos dos trabalhadores brasileiros e onde pisavam os vendilhões", disse o deputado Arnaldo
Faria de Sá (PPB-SP), que votou
contra as medidas.
"A homenagem seria mesmo
um deboche", disse o presidente
da Associação dos Aposentados
e Pensionistas do Distrito Federal, Avelino Cassir.
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
|