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Nilmário afirma que acusação é "inverossímil"
IURI DANTAS
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O secretário especial dos Direitos Humanos da Presidência, Nilmário Miranda, definiu
ontem como "inverossímil" a
acusação de que o ex-vice-prefeito de Anapu (PA) Francisco
de Assis de Souza, o Chiquinho
do PT, é o mandante do assassinato de Dorothy Stang.
Representante do Sindicato
dos Trabalhadores Rurais de
Anapu, Chiquinho foi acusado
por Rayfran das Neves Sales, o
Fogoió, suspeito de ser o autor
dos disparos contra a religiosa.
"É tão inverossímil. Não estou preocupado com isso. Nem
a polícia. Isso só serve para
atrasar o trabalho policial", disse o ministro após falar ao telefone com policiais federais que
investigam o caso em Anapu.
Políticos do PT, ativistas de
direitos humanos do Pará e representantes da igreja católica
rebateram as acusações de Fogoió. Chiquinho do PT era conhecido como "filho de Dorothy" na região, devido à sua
proximidade com a freira.
A irmã Jane Dwyer,64, companheira de Dorothy Stang na
casa das irmãs da Congregação
de Notre Dame, em Anapu,
reagiu com indignação à acusação contra o ex-candidato a
prefeito da cidade: ""Chiquinho
convive com irmã Dorothy
desde os 12 anos. Ele era como
um filho para ela", disse.
Presidente da comissão externa do Congresso Nacional
responsável por acompanhar
as investigações, a senadora
Ana Julia Carepa (PT-PA) afirmou que a acusação é uma manobra "diversionista" de madeireiros e grileiros da região.
Chiquinho tem seu nome na
lista de pessoas ameaçadas de
morte que a CPT (Comissão
Pastoral da Terra) entregou ao
governo. Segundo Nilmário,
será oferecida proteção policial
ao ex-vice-prefeito.
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