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RIGOR FISCAL
Ex-prefeita não trouxe novidades em sua defesa
Marta vai ao Senado para explicar Reluz e tentar a reversão de parecer
GUSTAVO PATU
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Sem apresentar novos dados ou
argumentos, a ex-prefeita de São
Paulo Marta Suplicy (PT) foi ontem ao Senado tentar reverter um
parecer, aprovado em dezembro
pela Comissão de Assuntos Econômicos, que aponta sinais de crime fiscal e improbidade administrativa em uma operação conduzida durante sua gestão.
Trata-se da modificação promovida em 2004 no contrato da
prefeitura com o Reluz (Programa Nacional de Iluminação Pública Eficiente), cujos valores foram elevados de R$ 151 milhões
para R$ 187 milhões, incluindo a
contrapartida do município.
A regularidade da medida foi
questionada naquele mesmo ano
pelo ministro Antonio Palocci
(Fazenda), segundo o qual a operação, por se tratar de novo contrato de crédito, dependia, segundo a Lei de Responsabilidade Fiscal, de consulta a sua pasta, o que
não houve. Entre as penas previstas estão prisão por até dois anos e
suspensão dos direitos políticos
por até cinco anos.
Segundo o parecer do presidente da comissão, senador Luiz Otávio (PMDB-PA), o caso deverá ser
encaminhado ao Ministério Público para investigação. O PT, porém, conseguiu evitar a aprovação do texto pelo plenário do Senado com o compromisso de que
Marta se explicaria à comissão.
"Não houve consulta prévia
porque não consideramos necessário, uma vez que houve um aditamento do contrato, e não uma
nova operação de crédito", disse
Marta, ontem, aos senadores da
comissão, repetindo a tese apresentada desde que o empréstimo
foi questionado pela Fazenda.
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