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Painel
Armar um salto
FHC tem ouvido de André Lara Resende e de Edmar Bacha,
economistas que ajudaram a
planejar o Real, que é preciso
elevar o percentual das pequenas e frequentes desvalorizações
do câmbio. E preparar as condições para uma paulada mais forte no prazo de 12 a 18 meses.
Fica como está
No Planalto, dizem que Malan
(Fazenda) insiste em manter o
ritmo e o percentual das desvalorizações do câmbio. E que não
quer ouvir falar de mudança
mais brusca, alegando que a
atual política econômica não
precisa de reparos no atacado.
Celeiro de estadistas
Na eleição de 90, Jandaia do
Sul (PR) , base do deputado-pianista José Borba, ajudou a eleger
outros dois políticos: Carlos
Massa (o Ratinho da TV) e Benedito de Oliveira, o Pinga-Fogo, que renunciou, acusado de
vender o mandato ao suplente.
Malandragem
Dos cerca de R$ 6,909 bi da
CPMF em 97, a Saúde recebeu
R$ 5,18 bi e o FEF, R$1,38 bi. Os
restantes R$ 350 mi ficaram no
Tesouro. Paulo Bernardo (PT)
desconfia que o dinheiro foi usado para pagar juros e pedirá explicações a Malan (Fazenda).
Deu no pé
O advogado Pedro Gordilho,
ex-ministro do TSE, desistiu da
causa de Sérgio Naya (ex-PPB).
Cacife alto
O serviço de inteligência da
Receita detectou a participação
do milionário norte-americano
Donald Trump no lobby para a
legalização do jogo no Brasil.
Espaço paulista
O PPS trabalha forte, com simpatia de Erundina, por uma
aliança em São Paulo com o
PSB, que lançou Pedro Dallari
ao governo. Seria uma forma de
conseguir palanque para Ciro.
Chiste peemedebista
Descobriram o verdadeiro padrinho de Eliseu Padilha no governo. É Everardo Maciel, que
mandou o ministro acertar com
o Leão as contas de empresas ligadas a ele. Pega mal para quem
goza de prestígio no Planalto.
Ouro puro
Se for para o Ministério da
Saúde, Serra deve levar a Secretaria de Saneamento, atualmente vinculada ao Planejamento.
Argumento: é vital na área de
saúde preventiva. Motivo não
declarado: é uma mina eleitoral.
Troca-troca
O atual presidente do Incra,
Milton Seligman, é um dos nomes que FHC cogita para o Ministério do Trabalho, caso efetive a mudança de Paulo Paiva para a pasta do Planejamento.
Avanço governista
Os rebeldes Ronaldo Cunha
Lima e Orestes Quércia se acertaram com os governistas do
PMDB. Quércia promete estadualizar a campanha ao governo
de SP, mas a bancada ainda quer
convencê-lo a ser deputado. Itamar e Requião estão isolados.
Conhecimento de causa
Quando for debater a Paulipetro com Maluf, Covas poderia
chamar seu secretário dos
Transportes, Michael Zeitlin,
para mediador. É que ele foi um
dos executivos da fracassada
empreitada malufista.
Alta voltagem
De um cacique pefelista, sobre
a disputa PSDB-PFL: "É uma
guerra fria, mas é uma guerra
que pode ficar quente. Ninguém
sabe ainda qual é o divisor".
Presente de grego
No aniversário de uma neta,
na Granja do Torto, FHC foi interpelado por um convidado,
mutuário da Encol, sobre a alardeada ajuda federal aos moradores do Palace 2. Sua resposta: "É
coisa do Antônio Carlos".
Direito cerceado
O ombudsman da polícia de
SP, Domingos Mariano, enviou
uma representação ao Ministério Público acusando a PM e a
Polícia Civil de punir os policiais
que se queixam de superiores.
Cerca de 10% do casos que chegam à Ouvidoria são internos.
Investigação in loco
O deputado estadual João Caldas (PMN) diz que vai propor,
na próxima vez que houver quórum na Assembléia de Alagoas,
a instalação de uma delegacia
dentro da Casa, onde se cometeriam crimes. Detalhe: há dois
meses não há quórum.
TIROTEIO
Do líder na Câmara, Aécio Neves (MG), tripudiando sobre a
reação pefelista ao convite para
José Serra ocupar a Saúde:
- Se o PFL está pensando na
eleição de 2002, nós já estamos
de olho em 2006.
CONTRAPONTO
A coerência não resiste ao tempo
Enquanto estava no PPR, que
depois se uniria ao PP, originando o PPB, o deputado Nelson
Marchezan (hoje no PSDB) tentou fundir o partido com o PFL.
Marchezan achava que a nova
legenda poderia ficar com o "L"
do PFL, e ganhar uma conotação
social com a letra "S", formando
a sigla PLS (Partido Liberal Social). O nome até agradou, mas a
iniciativa foi um fracasso.
Marchezan não encontrou receptividade em Esperidião Amin
(SC), que na época dirigia o partido e andava às turras com Paulo Maluf. Mas foi na cúpula pefelista, que hoje anda de namoro
escancarado com o ex-prefeito
de São Paulo, que encontrou a
maior resistência.
Uma conversa com o vice-presidente Marco Maciel e o presidente do PFL, Jorge Bornhausen
(SC), foi decisiva para sepultar
de vez os planos de fusão.
Depois de elogiarem a sigla,
PSL, os dois acrescentaram:
- Mas um partido desses não
pode suportar o Maluf.
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