DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Mais um ponto do acordo entre base aliada e oposição na CPI dos Cartões ameaça ruir. Os governistas consideraram um "golpe" da presidente da CPI, senadora Marisa Serrano (PSDB-MS), a indicação de dois parlamentares da oposição para assumir as principais sub-relatorias e prometem recorrer.
Em troca de a oposição adiar o início dos trabalhos da CPI exclusiva do Senado, a base aceitou, entre outras coisas, criar quatro sub-relatorias, dividindo o poder do relator, deputado Luiz Sérgio (PT-RJ). Só não contava que Marisa iria definir sozinha os sub-relatores e entregar as mais investigativas à oposição. "Achamos que a presidente extrapolou", afirmou o deputado Paulo Teixeira (PT-SP), coordenador da base na CPI.
Ela disse que tomou a decisão após receber ofício do relator, indicando os relatores sem consultá-la. "Isso não se faz."
Outra decisão de Marisa que contrariou o acordo, segundo a base, é a permissão para que dois assessores acompanhem os parlamentares na visita ao TCU (Tribunal de Contas da União), quando serão analisados dados sigilosos da Presidência com gastos nos cartões corporativos. A base teme o vazamento de informações. A análise dos dados começa hoje.
A oposição tentará aprovar mais dois requerimentos de convocação da ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) nas comissões de Meio Ambiente e Constituição e Justiça. (ADRIANO CEOLIN E ANDREZA MATAIS)


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