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"Clima de velório' toma conta do vôo para a Espanha
do enviado especial
O Boeing que trouxe o presidente Fernando Henrique Cardoso a
Madri fez um vôo descrito como
de "velório" por dois dos membros da comitiva presidencial.
Nem no trecho Brasília-Recife
nem no percurso de Recife até a
capital espanhola, FHC convidou
qualquer um dos ministros ou
parlamentares que compõem a
comitiva oficial a passar para o
compartimento presidencial.
Ficou só com a família (a mulher, Ruth, o filho, Paulo Henrique, e as netas gêmeas, Joana e
Helena).
Em todas as viagens internacionais anteriores, FHC sempre chamava um ou mais dos acompanhantes para conversar ou até para despachar assuntos mais urgentes, depõe Ana Tavares, sua assessora de imprensa.
Do aeroporto em Madri, a comitiva seguiu direto para o Palácio de
El Pardo (14 km de Madri).
FHC e o rei Juan Carlos passaram em revista à tropa da Guarda
Real. Ruth Cardoso e a rainha Sofia ficaram de lado, até que o chefe
da Guarda pediu permissão para
iniciar o desfile. FHC, em espanhol, respondeu: "Tiene permiso".
(CR)
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