São Paulo, quarta-feira, 22 de maio de 2002

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Bornhausen nega que PFL vá apoiar Serra

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O presidente do PFL, senador licenciado Jorge Bornhausen (SC), negou ontem que o partido esteja revendo sua posição e pretenda formalizar apoio nacional à pré-candidatura do senador José Serra (SP) à Presidência.
Classificou de ""missão impossível" as tentativas de aliança entre os dois partidos nas eleições presidenciais e de ""oba-oba" as notícias da suposta reaproximação.
Bornhausen convocou os presidentes dos diretórios regionais do partido para uma reunião amanhã em Brasília, na qual acredita que, mais uma vez, será descartada a possibilidade de composição nacional com Serra, mesmo havendo aliança entre PFL e PSDB em vários Estados. Não há restrições a apoios estaduais a Serra.
Bornhausen contestou informações dos tucanos de que os dois partidos estejam juntos em 15 Estados, caminhando para a composição nacional. ""A aritmética deles não é boa", disse.
Segundo as contas da cúpula pefelista, há tendência de alianças entre os dois partidos em dez ou 11 Estados, sendo que em apenas quatros com candidatos a governador do PSDB -Goiás, Paraíba, São Paulo e Paraná.
O presidente do PFL diz que o tucano dificilmente irá para o segundo turno, que ""provavelmente" será disputado pelos pré-candidatos Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Ciro Gomes (PPS).
O apoio formal do PFL aumentaria a diferença entre o tempo de propaganda na televisão de Serra e Lula. Simulações feitas pela cúpula mostram que, sem o PFL, a coligação do PSDB teria 10 minutos e 55 segundos (por período). Lula teria 5 minutos e 9 segundos. Com o PFL, o tempo do tucano subiria para 12 minutos e 42 segundos e o de Lula cairia para 4 minutos e 19 segundos.
(RAQUEL ULHÔA)



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