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Operação abala organização de encontro entre governadores previsto para hoje
CATIA SEABRA
DA REPORTAGEM LOCAL
A deflagração da Operação
Navalha abalou a organização
da reunião de governadores
prevista para hoje em Brasília.
Com a suspeita de envolvimento de dois governadores nordestinos no escândalo -o de
Alagoas, Teotônio Vilela Filho
(PSDB), e o do Maranhão, Jackson Lago (PDT)- houve mudança de planos: antes previsto
para o Congresso, o encontro
acontecerá na casa do governador do Distrito Federal, José
Roberto Arruda (DEM).
Pela proposta original, os governadores visitariam a Câmara e se reuniriam com senadores para reforçar suas reivindicações ao governo federal. Mas,
como a prisão do empresário
Zuleido Veras, dono da construtora Gautama, também teria
estremecido o Congresso, os
governadores optaram por um
endereço mais discreto. A decisão foi tomada na sexta-feira,
um dia depois das prisões.
Ainda ontem, a possibilidade
de participação de Teotônio
causava inquietação. Convidado na semana passada, o governador de Alagoas confirmou
sua presença no encontro e até
ontem não tinha cancelado.
Apesar da expectativa de que
não fosse, um dos governadores seria destacado para sondá-lo a respeito.
Lago, por sua vez, não tinha
confirmado a presença. Além
dessa apreensão, os participantes temiam que a crise desviasse o foco do encontro, idealizado há uma semana pelos governadores José Serra (SP) e Aécio
Neves (MG), ambos do PSDB.
A idéia era sensibilizar as
bancadas na defesa de três reivindicações: ampliação da capacidade de endividamento
dos Estados, partilha da receita
da CPMF e a isenção de PIS/Cofins sobre investimentos em
saneamento. Os governadores,
porém, temiam ter que opinar
sobre a situação dos colegas.
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