São Paulo, terça-feira, 22 de maio de 2007

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Operação abala organização de encontro entre governadores previsto para hoje

CATIA SEABRA
DA REPORTAGEM LOCAL

A deflagração da Operação Navalha abalou a organização da reunião de governadores prevista para hoje em Brasília. Com a suspeita de envolvimento de dois governadores nordestinos no escândalo -o de Alagoas, Teotônio Vilela Filho (PSDB), e o do Maranhão, Jackson Lago (PDT)- houve mudança de planos: antes previsto para o Congresso, o encontro acontecerá na casa do governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda (DEM).
Pela proposta original, os governadores visitariam a Câmara e se reuniriam com senadores para reforçar suas reivindicações ao governo federal. Mas, como a prisão do empresário Zuleido Veras, dono da construtora Gautama, também teria estremecido o Congresso, os governadores optaram por um endereço mais discreto. A decisão foi tomada na sexta-feira, um dia depois das prisões.
Ainda ontem, a possibilidade de participação de Teotônio causava inquietação. Convidado na semana passada, o governador de Alagoas confirmou sua presença no encontro e até ontem não tinha cancelado. Apesar da expectativa de que não fosse, um dos governadores seria destacado para sondá-lo a respeito.
Lago, por sua vez, não tinha confirmado a presença. Além dessa apreensão, os participantes temiam que a crise desviasse o foco do encontro, idealizado há uma semana pelos governadores José Serra (SP) e Aécio Neves (MG), ambos do PSDB.
A idéia era sensibilizar as bancadas na defesa de três reivindicações: ampliação da capacidade de endividamento dos Estados, partilha da receita da CPMF e a isenção de PIS/Cofins sobre investimentos em saneamento. Os governadores, porém, temiam ter que opinar sobre a situação dos colegas.


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