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RIO GRANDE DO SUL
Após apoio do DEM, CPI contra Yeda depende de 3 deputados
DA AGÊNCIA FOLHA, EM PORTO ALEGRE
Dois dos três deputados do
DEM, partido do vice-governador Paulo Feijó, assinaram ontem o requerimento
para a criação da CPI para investigar a governadora do
Rio Grande do Sul, Yeda Crusius (PSDB), por supostos
atos de corrupção.
A tucana e o democrata se
tornaram adversários políticos quando ainda eram companheiros de chapa em 2006.
Com os dois nomes do
DEM, sobe para 16 o número
de deputados apoiam a investigação (nove do PT; dois
do PSB; dois do PDT e um do
PC do B). Um terceiro pedetista prometeu, mas ainda
não assinou o pedido. Para
criar a CPI, é preciso a adesão de 19 dos 55 deputados.
Yeda é suspeita de ter recebido parte do dinheiro para comprar a casa onde mora
de um suposto caixa dois da
campanha de 2006.
A governadora sempre rechaçou acusações de irregularidades na compra do imóvel e diz que foi inocentada
pelo Ministério Público Estadual, que arquivou o caso.
A adesão do DEM era previsível desde a semana passada, quando democratas prometeram apoiar a CPI se o
pedido alcançasse 17 assinaturas, mas foi antecipada depois que a briga com os tucanos voltou a esquentar.
Na quarta, o deputado
Coffy Rodrigues (PSDB) disse que uma das empresas do
vice-governador, a APF Participações S.A., mantinha ilegalmente contrato com a Ulbra (Universidade Luterana
do Brasil), que tem convênios com o Estado. Da tribuna, o tucano pediu o impeachment do vice.
Feijó nega que haja irregularidade. Alega que a Ulbra é
uma instituição privada e
que a firma de participações,
gerida por um irmão, não
tem contratos com o Estado.
O chefe da Casa Civil, José
Alberto Wenzel, disse que é
"bastante remota" a instalação da CPI. "Estou cada dia
mais seguro de que essa CPI
não sai. Não há fato novo. E
os deputados sabem disso."
Carregando velas, sindicalistas e estudantes fizeram
ontem à noite em Porto Alegre mais um protesto pelo
impeachment de Yeda.
O ato reuniu entre 600 e
2.000 pessoas, segundo a
Brigada Militar e os organizadores, respectivamente.
(GRACILIANO ROCHA)
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