São Paulo, domingo, 22 de junho de 1997.



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Madonna em 'Corpo em Evidência' é próxima atração da Videoteca

ERIKA PALOMINO
Colunista da Folha

Como em todos os filmes de que Madonna participa, a atração principal é Madonna. Isso é muito claro em "Corpo em Evidência" -sexto lançamento da "Videoteca Folha", que circula com a Folha do próximo domingo.
Aqui seus dotes são mais que aproveitados. Madonna é Rebecca, galerista acusada de levar seu amante à morte durante o sexo.
Seu namorado era cardíaco, e indícios apontam consumo de cocaína e práticas sexuais intensas, como sadomasoquismo.
No conservador Estado americano do Oregon, onde se passa a trama, esse tipo de coisa não é exatamente bem-vista.
Prato cheio para o promotor vivido por Joe Mantegna e também para o advogado de defesa Frank (William Dafoe). Dafoe, ao que consta, manteve um caso com Madonna durante as filmagens.
Os rodeios de enredo chegam ao previsível: Frank se deixa envolver pela poderosa e canastrona sedução de Rebecca e -isso sim- justifica o filme.
Em "Corpo em Evidência" o corpo é a arma do crime, e sua cinematografia explora até onde pode o gênero "filme-de-tribunal-em-versão-soft-porn", com direito a música de sax, corpos nus na contraluz e cortinas voando.
"Corpo em Evidência" tem como mérito contribuir com o imaginário sensual do cinema americano, com a já célebre cena da vela. Nela, Madonna pinga cera quente sobre peito e partes baixas de Dafoe, joga champanhe e lambe em seguida.
Na versão da Videoteca, ganhamos cenas não incluídas na cópia exibida nos cinemas. Entre eles, a transa na garagem, com Madonna sobre os ombros de Dafoe.
Para quem se pergunta ao fim de tanto mambo horizontal: sim, aquela é mesmo Madonna. Não tem dublê de corpo.



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