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TEATRO MUNICIPAL
Maluf, Marta, Erundina e Temer, entre outros, assinam manifesto da OAB pela "valorização do voto"
Ato pela ética vira palco para candidatos
RUBENS VALENTE
DA REPORTAGEM LOCAL
Os pré-candidatos a prefeito
de São Paulo assinaram ontem
um manifesto da OAB (Ordem
dos Advogados do Brasil) "pela
valorização do voto e pela ética
na política".
Em seu discurso, Paulo Maluf
(PP), a quem o Ministério Público atribui a movimentação de
milhões de dólares no exterior,
declarou, após citar nomes de
antigos assessores: "É fundamental que a sociedade civil fiscalize não a pessoa do eleito, mas
a pessoa jurídica do governo que
vai se instalar".
Entre outros pontos, o manifesto prevê que o candidato deve
renunciar caso ocorram "a denúncia e a comprovação de práticas ilícitas e corruptas" e cobra
transparência da arrecadação de
recursos nas campanha e propostas que "possam ser efetivamente implantadas, com apresentação de sólida argumentação para sua viabilidade".
O texto também condena a
"espetacularização" das campanhas, fenômeno que se observa
por meio de recursos técnicos
fantasiosos, discursos mirabolantes, efeitos emotivos e ações
de impacto com o objetivo de
enganar o eleitorado".
O ex-ministro da Saúde José
Serra (PSDB) não compareceu
ao ato, ocorrido às 11h na sede da
OAB. Enviou uma representante, a deputada federal Zulaiê Cobra (PSDB-SP).
De acordo com a OAB, a prefeita de São Paulo, Marta Suplicy
(PT), pediu que sua assinatura
no livro preparado para a campanha ficasse distante da de Paulo Maluf (PP), e assim foi feito
(outros candidatos assinaram
entre os dois). Marta e Maluf se
cumprimentaram com um rápido aperto de mãos na chegada e
na saída da mesa de convidados.
Também compareceram os
deputados federais Michel Temer (PMDB), Luiza Erundina
(PSB) e Arnaldo Faria de Sá
(PTB), o deputado estadual Arnaldo Jardim (PPS), Francisco
Rossi (PHS) e Paulo Pereira da
Silva (PDT), que deixou o prédio
da OAB antes do início do evento -um representante do sindicalista assinou o documento.
Marta afirmou ter demitido
"80 servidores" suspeitos de corrupção nos últimos quatros
anos. Em seu discurso, em referência a isso, Faria de Sá perguntou: "E os corruptores?". A prefeita já não estava no evento.
Elogiando o evento, Temer
disse que os problemas éticos na
vida pública vêm "de séculos" e
arrematou: "Se bastassem apenas os movimentos pela ética, eu
diria que a esta altura nós não estaríamos fazendo essa reunião".
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