São Paulo, quinta-feira, 22 de junho de 2006

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ELEIÇÕES 2006 / PRESIDÊNCIA

Líderes do PT ironizam os ataques do PFL a Lula

Segundo Chinaglia, estratégia destrói a imagem de "bom moço" de Alckmin

Henrique Fontana, líder do partido na Câmara, recorda que crítico do presidente participou da violação do painel eletrônico do Senado


DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Lideranças petistas reagiram com ironia aos ataques do PFL ao presidente Lula. "O PFL, se não tomar cuidado, vai destruir a tentativa do Alckmin de passar aquela imagem de bom moço", disse o líder do governo na Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP). Para ele, até o PFL sai empobrecido com tais ataques.
O líder do PT na Câmara, Henrique Fontana (RS), também carregou no sarcasmo ao comentar a declaração do candidato do PFL a governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda, de que Lula é como um "piloto bêbado" de avião. "O Arruda deveria ter tomado uma dose forte de uísque antes de violar o painel do Senado", disse, referindo-se à participação do então senador na violação do painel eletrônico da Casa. Arruda renunciou ao mandato.
Segundo Fontana, o vice de Alckmin, José Jorge (PE), vai contra a opinião dos nordestinos quando diz que Lula é um nordestino desnaturado: "Ele [Jorge] fala pela elite do Nordeste, não pelos 75% daquela região que estão com Lula".
O ministro Márcio Thomaz Bastos (Justiça) atribuiu ontem à "disputa política" o fato de ter virado alvo da oposição: "Isso faz parte da disputa política, eu acredito. Logo eu que não sou político". O ministro justificou os ataques. "São duas as objeções: primeiro eu manifestei como cidadão a minha preferência pelo candidato a governador de São Paulo [Aloizio Mercadante] e, segundo, a Polícia Federal continua trabalhando como sempre trabalhou nesses três anos e meio, de forma impessoal e republicana."
Indagado se atuará na campanha de Lula, Bastos disse: "Atuar não. Eu não sou político. Eu ajudo, eu sou amigo do presidente, não alieno essa amizade a ninguém, não admito que ela seja discutida, mas eu sou ministro da Justiça (...). Todo esse trabalho é impessoal".


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