São Paulo, quinta-feira, 22 de junho de 2006

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Tucano pede, e PSC deverá lançar candidato próprio

SERGIO TORRES
DA SUCURSAL DO RIO

Na tentativa de levar a disputa presidencial ao segundo turno, o candidato do PSDB, Geraldo Alckmin, insistiu com o ex-governador do Rio Anthony Garotinho para que participe ativamente da possível candidatura do PSC à Presidência. A idéia é que Garotinho, mesmo filiado ao PMDB, ancore o programa eleitoral do partido.
O PSC (Partido Social Cristão) era uma legenda auxiliar da abortada campanha presidencial de Garotinho. Neste mês, o PMDB decidiu não ter candidato à Presidência.
Indisposto com a cúpula peemedebista, Garotinho passou a articular a candidatura do PSC. O escolhido foi o advogado Rogério Vargas, 49, filiado ao partido desde 2003.
Na segunda-feira, Garotinho recebeu um telefonema de Alckmin. O ex-governador de São Paulo pediu a ele que se engaje na campanha do PSC.
A decisão do partido sobre o tema será tomada na próxima quarta-feira, quando a Executiva se reunirá em Brasília. Porém, como a Executiva é controlada por Garotinho, a expectativa de Vargas é a de que os 11 membros do colegiado votem pela candidatura própria: "Eu já estou me colocando como candidato", diz Vargas.
Com a candidatura confirmada, a discussão passou a ser como Garotinho participará do programa de TV do PSC, que teria dois minutos. O ex-governador ainda não sabe se pede licença no PMDB ou se ingressa no PSC. A proposta é que ele seja o apresentador do programa: não pediria votos, mas sua presença explicitaria o apoio.
Em 2002, ao disputar a Presidência, Garotinho teve cerca de 15 milhões de votos. O PSC considera que ele pode transferir a Vargas metade dessa votação.


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