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SÃO PAULO 1
Após veto do PSDB, Quércia diz que vai disputar governo
CATIA SEABRA
DA REPORTAGEM LOCAL
O pré-candidato do PSDB
ao governo de São Paulo, José Serra, informou ontem ao
ex-governador Orestes
Quércia que seu nome foi rejeitado para ser vice de sua
chapa. Após o telefonema
-ocorrido no fim da tarde de
ontem -, Quércia autorizou
seus aliados a lançarem sua
candidatura ao Palácio dos
Bandeirantes.
"Não é possível que o
PMDB seja tratado com desdém. Sei que não será fácil.
Mas quase 100% que sou
candidato. Já mandei até fazer faixa", disse Quércia,
após a conversa. "Ele acha
que não precisa de nós", desabafou o ex-governador.
No telefonema, Quércia
propôs um encontro ainda
hoje para análise de outros
nomes, mas a reunião nem
foi marcada. Segundo tucanos, Serra não concorda com
a indicação de peemedebistas ligados a Quércia, como o
ex-deputado Marcelo Barbieri e a ex-secretária Alda
Marco Antônio.
Na conversa, Serra sugeriu
o nome do deputado Almino
Affonso para a vice, mas como Almino rompeu com
Quércia, Serra duvida que o
ex-governador venha a aceitar a proposta e voltou a
apostar na idéia da chapa puro-sangue. Ele tem falado em
cinco tucanos: Arnaldo Madeira, Alberto Goldman,
Mendes Thame, Xico Graziano e Paulo Renato Souza.
Na véspera, numa visita a
seu escritório, Serra teria dito a Quércia que a restrição à
sua escolha não era intransponível. Mas salientou que o
próprio PFL exigia a vice.
Dizendo-se chateado com
o veto, Quércia fez críticas ao
PSDB e chamou de loucura a
privatização do Banespa.
No PDT, numa manobra
desenhada pelo deputado
Geraldo Vinholi, o ex-deputado Tonico Ramos registrou
candidatura ao governo. Ele
disputará com o vereador
Carlos Apolinário, o que favorecerá Serra. Os tucanos
temem que Apolinário seja
braço do PT na campanha.
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