DA REPORTAGEM LOCAL

Recém-chegados oficialmente à base de apoio do prefeito Gilberto Kassab (DEM), PMDB e PR estão no aquecimento para a ocupação do território tucano na máquina administrativa, após a ruptura da aliança entre PSDB e DEM. Com cargos no primeiro escalão desde a montagem do governo Serra/Kassab, o PV também espera ampliar seu espaço.
Após a convenção, a expectativa é que tucanos ligados a Geraldo Alckmin (PSDB) deixem a prefeitura após a escolha do ex-governador.
O presidente municipal do PMDB, Bebeto Haddad, conta ter sugerido a Kassab que retire os tucanos de cargos estratégicos da prefeitura e os substitua por "gente que trabalhe por ele". "Kassab não pode deixar o coração da máquina batendo por outro candidato", disse.
Entre os tucanos que, na opinião de Haddad, "não sabem fazer campanha", está o secretário de Coordenação das Subprefeituras, Andrea Matarazzo, e "um monte de subprefeitos". "Não estamos reivindicando. Mas, se o prefeito convidar, claro que aceitaremos."
Presidente municipal do PR, o vereador Toninho Paiva diz que será "difícil para os alckmistas ficar no governo" com o lançamento de candidatura própria. "O prefeito terá sensibilidade de procurar os que realmente apoiarão sua candidatura. Convidados, aceitaremos. Quem não quer participar de governo?". Ele diz que o prefeito sugeriu que se esperasse a convenção do PSDB antes de qualquer indicação.
Apesar de reivindicar a secretaria municipal de Cultura para si no próximo governo, o presidente nacional do PV, José Luiz Penna, diz que não é uma exigência. Mas que a ampliação de espaço seria bem-vinda em caso de saída de tucanos. (CS)


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