São Paulo, segunda-feira, 22 de julho de 2002 |
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PAINEL Questão de fundo O comitê de José Serra priorizará a arrecadação para a campanha, principalmente entre os bancos e as indústrias de São Paulo. Na avaliação dos tucanos, a campanha só decolará com a injeção imediata de dinheiro. Canteiro vazio O PSDB tem dificuldades para arrecadar recursos das empreiteiras. Doadores tradicionais, estão com poucas obras. Outros interesses Empresas privatizadas já não aceitam dar recursos à campanha de Serra. Usineiros e empresários nordestinos estão preferindo financiar o comitê de campanha de Ciro Gomes. Regime rigoroso Gerson Camata (PMDB-ES) parou de fumar e de beber por recomendação médica. E praticamente parou de ver a mulher, Rita Camata, dedicada à campanha presidencial de Serra. Apoio tucano FHC escolheu a procuradora da República Consuelo Moromizato para desembargadora do Tribunal Regional Federal em São Paulo, na quota do Ministério Público Federal. A mais votada na lista tríplice foi a procuradora Elizabeth Peinado. Prato do dia O PT do PR vai denunciar Serra no TSE por suposto crime eleitoral. Tucanos de Cascavel (PR) distribuíram 5.000 convites com direito a um almoço para o showmício de sábado. Padre Roque (PT-PR) diz que o ato infringiu o Código Eleitoral, que veda a concessão de vantagem ao eleitor em troca de voto. Brechas da lei O presidente do Tribunal de Justiça da Bahia, Carlos Dultra Cintra, pediu ajuda da AMB (Associação dos Magistrados do Brasil) para denunciar o déficit de juízes no Estado. Nada menos que um terço das vagas previstas está vazio. O problema pode afetar as eleições. Mil e uma utilidades Acusada de fraude ao remeter US$ 1,3 bilhão ao exterior, a Bombril fez acordo com o governo, em 2000: a Comissão de Valores Mobiliários suspendeu inquérito e o controlador Sérgio Cragnotti doou R$ 1 milhão ao órgão e R$ 1 milhão ao Programa Comunidade Solidária. Trampolim mínimo O comando da campanha petista avalia que Lula não pode chegar ao primeiro turno com menos de 30% dos votos. Se isso ocorrer, a vitória no segundo turno será quase impossível. Pé em cada canoa Lula receberá o apoio do PMDB-MA, controlado por José Sarney. Roseana ficará com Ciro e Zequinha votará em Serra. Rompante da minoria A Articulação de Esquerda, tendência minoritária no PT, divulgou carta intitulada "Sem medo da ruptura". Pede votos para Lula, mas diz que o PT "encontra-se dominado por uma tendência social-democrata". Vasos comunicantes Roseana (PFL-MA) quer responsabilizar a União pelo vazamento à imprensa do inquérito sobre a Sudam, o que atribui a delegados da PF e procuradores. Integração regional O Ministério da Integração Nacional já liberou R$ 205 milhões em julho. R$ 31,6 milhões foram para a Paraíba, Estado do ex-ministro Ney Suassuna. E R$ 24,2 milhões para Alagoas, do ministro Luciano Barbosa. Sem justa causa Secretários do Ministério da Justiça que entregaram seus cargos em solidariedade a Miguel Reale pediram ao novo ministro, Paulo de Tarso, para ficar na Pasta. O Planalto não permitiu. Modéstia à parte Slogan do vereador Carlos Apolinario (PGT), candidato à sucessão de Geraldo Alckmin: "São Paulo nas mãos de Deus". TIROTEIO Do ex-senador Antônio Carlos Magalhães (PFL-BA), sobre a queda do candidato José Serra nas pesquisas e a consequente migração de apoios para a candidatura de Ciro Gomes: - Serra vai ser abandonado dia após dia. Quem acompanha candidato que o povo não quer também perde voto. CONTRAPONTO Última palavra
Em 1996, José Serra, atual candidato do PSDB à Presidência,
disputou a eleição para a Prefeitura de São Paulo. Uma das explicações dos marqueteiros
-chefiados por Nizan Guanaes- para os baixos índices
nas pesquisas era o semblante
sério do candidato, que não
transmitia "emoções" ao eleitor. |
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