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QUESTÃO AGRÁRIA
Agricultor teria sido morto no RS por grupo
Incra vai investigar suspeita de formação de milícias no MST
DA AGÊNCIA FOLHA, EM PORTO ALEGRE
O Incra (Instituto Nacional de
Colonização e Reforma Agrária)
abriu ontem inquérito administrativo para investigar a venda de
lotes e a formação de milícias do
MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) em assentamentos do Rio Grande do
Sul. A venda de lotes em assentamentos é irregular.
Junto com a Polícia Federal, o
Incra investigará inicialmente a
existência de milícias do MST no
município de Jóia (RS), onde o
agricultor Pedro Milton da Luz
Pedroso, 49, foi assassinado a tiros no último dia 7. A PF suspeita
que Pedroso foi assassinado por
uma dessas milícias.
Assentado em Jóia e sem vínculo com o MST, Pedroso foi morto
com um tiro de espingarda na
frente da mulher e do filho de 12
anos. Testemunhas disseram à
polícia que os tiros foram disparados por um "grupo de disciplina" do MST.
Segundo relatos feitos à polícia,
a vítima havia recebido recados
para deixar o local por supostamente ocupar um lote de forma
irregular. O assassinato ocorreu
quando a milícia tentava expulsar
cinco famílias, sem vínculos com
o MST, que teriam comprado lotes do assentamento em Jóia.
Quatro pessoas tiveram prisão
preventiva decretada, entre elas
José Censi, assessor do secretário
da Reforma Agrária do Estado,
Antônio Marangon.
O MST diz que os agricultores
presos integram o movimento.
"Estamos fazendo um levantamento sobre tudo o que ocorreu.
Não podemos nos pronunciar antes disso", afirmou a dirigente do
MST gaúcho Ivanete Tonin.
(LÉO GERCHMANN)
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