DA REPORTAGEM LOCAL

As investigações feitas pela Polícia Federal e pela CPI dos Correios a partir de 2005 revelaram que a atuação dos bancos Rural e BMG no mensalão pró-PT (de 2003 a 2005) e no valerioduto mineiro pró-PSDB (de 1998 a 2002) tinha por objetivos resolver pendências e estreitar laços com os governos.
Os interesses das instituições eram diversos: abocanhar o mercado de crédito consignado, obter contas bancárias de órgãos públicos ou simplesmente aproximar-se de ministros importantes e da fiscalização do Banco Central.
No caso do mensalão, os bancos deram outras ajudas. O BMG arrumou um emprego para ex-mulher do ex-ministro José Dirceu. O Rural, além de arranjar um empréstimo para a mesma pessoa, teve papel fundamental nas 27 remessas, para as Bahamas, de recursos de caixa dois que o PT destinou ao publicitário da campanha presidencial de Lula em 2002, Duda Mendonça.
No caso mineiro, o Rural também simulou contrato de R$ 4,6 milhões com agência de Valério apenas para amortizar empréstimo. (RUBENS VALENTE)


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