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São Paulo, segunda-feira, 22 de dezembro de 2003

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PAINEL

Caiu no colo 1
Além de dois ministérios, o PMDB receberá do governo federal três diretorias de estatais que estavam com o PDT, agora na oposição. A promessa foi feita dias atrás por Lula e José Dirceu a dirigentes peemedebistas.

Caiu no colo 2
Os cargos que o PMDB herdará dos pedetistas são a presidência dos Correios, uma diretoria da Petrobras e outra de Itaipu. Um ocupante será indicado pela bancada do partido na Câmara, outro pelo Senado e o terceiro pela cúpula da sigla.

Despiste variado
Nome sempre mencionado entre os ministeriáveis do PMDB, Eunício Oliveira faz piada sobre seu futuro. "Sou caipira, não posso ir para as Cidades", diz o cearense. Ou: "Sou muito atrasado, não entendo nada de Ciência e Tecnologia".

Pedra no caminho
Ganha consistência na direção do PL o nome de Alfredo Nascimento, prefeito de Manaus, para suceder Anderson Adauto no Ministério dos Transportes. O problema é convencer o vice-presidente José Alencar, padrinho político do atual ministro.

Plano B
Se for demitido na reforma ministerial, Anderson Adauto já sabe o que fazer. Disputará a Prefeitura de Uberlândia (MG).

Bico calado
Porta-voz de Lula, André Singer ganhou de jornalistas que cobrem o Palácio do Planalto o apelido de "porta-silêncio". Nas entrevistas diárias, costuma responder a boa parte das perguntas com variações da frase: "Não tenho informação a respeito".

Fim da ressaca
Lula enviará ao Congresso no início do ano proposta de emenda constitucional para alterar a data da posse do presidente e dos governadores. Vive repetindo que o 1º de janeiro complica a vida dos convidados.

Fim da linha
Sem verba oficial para diárias em viagens, agentes da Polícia Federal estão recorrendo a empréstimos de uma cooperativa de crédito instalada dentro da sede da corporação. Pagam 5,2% de juros ao mês.

Última chance
Após ouvir de José Dirceu uma promessa de esforço governamental, o sindicato dos policiais federais resolveu adiar a paralisação da categoria. Agendou assembléia nacional para 17 de fevereiro. Espera, até lá, proposta de aumento salarial.

Ilusão de ótica
Vice-líder do governo na Câmara, Beto Albuquerque (PSB) mantém sua candidatura a prefeito de Porto Alegre, onde enfrentará Raul Pont, da esquerda do PT. "Tenho de ser candidato. Afinal, alguém precisa defender o governo Lula nessa eleição", provoca o deputado.

Linha de ataque
O PC do B decidiu priorizar as eleições nas três capitais onde acredita ter candidatos mais viáveis: Fortaleza, com Inácio Arruda, Manaus, com Vanessa Grazziotin, e Rio de Janeiro, com Jandira Feghali. Nos demais centros, os comunistas devem apoiar candidatos do PT.

Barra limpa
O deputado Inácio Arruda (PC do B), que deverá ter o apoio do PT à sua candidatura em Fortaleza, começa a conversar também com o tucano Tasso Jereissati. Quer ao menos um pacto de não-agressão com o ex-governador cearense.

Castigo contábil
O Ministério do Trabalho decidiu liberar R$ 60 milhões do FAT para qualificação profissional em 25 Estados que prestaram contas dos recursos recebidos no ano passado. Apenas Distrito Federal e Espírito Santo, que não mostraram a contabilidade, ficaram de fora.

TIROTEIO

Do líder do PFL, deputado José Carlos Aleluia, sobre a convocação extraordinária do Congresso no mês de janeiro:
-Quem tem mais interesse na convocação extraordinária do Congresso é o Partido dos Trabalhadores, porque tem 30% dos deputados. Isso sem falar nos funcionários do Congresso que são ligados ao PT.

CONTRAPONTO

Segredo do cofre

Na terça-feira passada, Lula recebeu dez governadores do Nordeste no Palácio do Planalto para lançar um programa de saneamento básico financiado pela Caixa Econômica Federal.
Como de hábito na corte petista, o presidente chegou ao evento com mais de uma hora de atraso, encontrando os convidados um tanto mal-humorados.
Para desanuviar o clima, Lula provocou Cássio Cunha Lima, primeiro a assinar o convênio:
- Esse governador consegue levar dinheiro de Brasília para a Paraíba toda semana. É incrível, ele não perde uma!
Considerado um dos políticos tucanos mais próximos do presidente, Cunha Lima foi seguido na fila pelo pefelista Paulo Souto. O governador da Bahia resolveu tomar as dores de seus colegas de oposição:
- É bom que a gente saiba disso para aprender com o Cássio como tirar dinheiro de vocês.



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