DA REDAÇÃO

Além da máfia dos sanguessugas, o governo Lula enfrentou outros dois escândalos: o caso Waldomiro Diniz, em 2004, e o do mensalão, em 2005. Mas apenas o do mensalão terminou com a cassação de três deputados.
Em fevereiro de 2004 foi divulgada uma fita de 2002 em que Waldomiro Diniz, que depois se tornou assessor de José Dirceu na Casa Civil, pedia propina ao empresário Carlinhos Cachoeira. Waldomiro foi exonerado e Dirceu perdeu a condição de articulador político.
O governo barrou inicialmente a instalação da CPI dos Bingos, mas ela foi instalada em 2005. As investigações da CPI sobre denúncias contra o então ministro da Fazenda, Antonio Palocci Filho, resultaram em sua demissão, em março de 2006.
O esquema do mensalão -o repasse de dinheiro a políticos da base aliada- foi revelado à Folha pelo então deputado Roberto Jefferson, em junho de 2005. Ele resultou na criação de duas CPIs: dos Correios e do Mensalão.
Acusado por Jefferson de ser o mentor do esquema, Dirceu foi exonerado da Casa Civil em junho de 2005. Ele reassumiu sua cadeira na Câmara, mas foi processado e teve seu mandato cassado, assim como Roberto Jefferson (PTB) e Pedro Corrêa (PP). Outros quatro deputados decidiram renunciar.


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