São Paulo, terça-feira, 22 de dezembro de 2009 |
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Não deve haver novas desonerações, diz Lula
Presidente afirma que não vai mexer na meta de superavit primário e que Dilma "tem juízo" para dar continuidade a seu governo
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou ontem, no
café com jornalistas, que não
pretende mudar a política econômica nem fazer novas desonerações para favorecer setores produtivos. A marca de seu
governo durante a crise internacional foi a de estimular o
consumo por meio de reduções
de impostos como o IPI, tornando produtos como carros e
geladeiras mais baratos. APOSENTADOS Sobre a polêmica, Lula não confirmou se enviará uma medida provisória para tratar do reajuste da categoria. Disse que o governo não pode conceder aos aposentados que ganham mais de um salário mínimo um reajuste maior do que a Previdência suporta: "O ideal seria dar tudo que as pessoas pedem a todo momento, porque é um discurso mais fácil, simples e tranquilo. Ora, todo mundo sabe que a Previdência tem um limite. A Previdência tem uma arrecadação e a gente não pode pagar o que você não tem". FUNCIONALISMO Lula disse que o funcionalismo não sofrerá arrocho salarial e que ele continuará contratando, pois "os funcionários públicos de alto escalão estavam porcamente remunerados, e a máquina pública, atropelada, destruída e desmantelada". SUPERAVIT Lula reafirmou que não há necessidade de elevar a meta do superavit primário. Além disso, disse que o controle da inflação, para ele, é uma coisa preciosa: "Essa é uma política da qual não abdicaremos". Fez um apelo para que o presidente do BC, Henrique Meirelles, fique no cargo até o último momento. DESONERAÇÕES O presidente Lula afirmou que espera não ter de fazer novas desonerações em 2010, mas que estudará caso a caso os pedidos feitos pelos setores: "A perspectiva de crescimento da economia é a melhor possível. A economia vai crescer de forma vigorosa e todos os brasileiros vão ter um ano estupendo". SE DILMA GANHAR... "É difícil mudar o que está dando certo. A Dilma [Rousseff] tem juízo político e econômico, não rasga notas e esteve presente na coordenação do governo. Ela vai dar continuidade com aperfeiçoamento." COP-15 Apesar do fiasco da cúpula, Lula disse que voltou satisfeito. Para ele, três pontos impediram o acordo: o fato de os países em desenvolvimento não aceitarem uma redução do financiamento e o fato de o Brasil, por exemplo, não aceitar a verificação dos limites para a fiscalização: "Eu cheguei para o [Barack] Obama e disse que não aceitaria algo nos moldes do FMI". O terceiro ponto é o fato de a China ser tratada como país desenvolvido. Mas disse acreditar num avanço em 2010. PRÉ-SAL Lula afirmou que acha que o projeto vai ser aprovado nos moldes do acordo entre o governo e os líderes: "A proposta atual é boa e atende todo mundo, acho que vai votar na Câmara aquilo que interessa ao governo. Esperamos que aprove algo que não precise de veto". Texto Anterior: Janio de Freitas: A descoberta Próximo Texto: Frase Índice |
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