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QUESTÃO AGRÁRIA
Militantes fazem curso
MST troca feijão por tíquetes de refeição
RICARDO BRANDT
da Folha Campinas
O MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) trocou arroz e feijão de seus assentamentos pelas refeições consumidas por cerca de mil jovens sem
terra que participam do segundo
curso de formação de novos líderes do movimento na Unicamp
(Universidade Estadual de Campinas).
A coordenação nacional do
MST conseguiu este ano 5.000
quilos de arroz produzidos em assentamentos do Rio Grande do
Sul e ainda 900 quilos de feijão
produzidos no assentamento de
Itapeva (SP). Os alimentos foram
trocados pelos tíquetes de refeição entregues pela universidade
aos sem-terra, que estão comendo no refeitório do campus.
"Esses alimentos são os mesmos comercializados em nossas
cooperativas", disse Adelar João
Pizetta, coordenador de formação
do MST.
A universidade, pela segunda
vez, abre as portas para o MST
realizar um curso nacional para
formação de novos líderes de assentamentos, para ações de ocupação e coordenação de grupos.
O 2º Curso sobre Realidade Brasileira começou no último sábado
e termina na próxima segunda-feira. Um dos pontos altos do curso acontece hoje, com a palestra
do principal ideólogo do movimento, João Pedro Stedile, que
abordará a história da reforma
agrária no Brasil e no mundo.
Outros encontros
Em Belém (PA), começa hoje
um encontro estadual de formação de jovens líderes para 500 militantes, que estará acontecendo
na UFPA (Universidade Federal
do Pará). Entre os dias 14 e 23 de
julho, na UFMG (Universidade
Federal de Minas Gerais), acontece outro encontro regional de formação para jovens líderes.
"A universidade pública tem
que estar aberta para os grupos
sociais, e temos um bom relacionamento com os coordenadores
de muitas instituições de ensino",
disse Pizetta.
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