São Paulo, sexta-feira, 23 de março de 2001 |
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PANORÂMICA MILITARES Ex-integrantes de força de paz obtêm pensão Cinco ex-integrantes de uma força de paz da Organização das Nações Unidas, que em 1967 se viram envolvidos na Guerra dos Seis Dias entre israelenses e árabes, ganharam na Justiça o direito de receber pensão equivalente a cerca de R$ 2.500 mensais. A decisão é inédita no país, conforme o TRF (Tribunal Regional Federal) da 4ª Região, que a concedeu, e poderá beneficiar outros ex-"boinas azuis" -como são chamados os soldados da ONU- que recorrerem à Justiça. A União, condenada a pagar a pensão, ainda pode recorrer. Os cinco beneficiados, atualmente com idade entre 53 e 56 anos, integraram o último contingente brasileiro enviado ao canal de Suez (Egito), composto ao todo por 323 homens. Diferentemente dos soldados que haviam sido deslocados anteriormente para o Oriente Médio, em missão para evitar conflito entre Israel e Egito, os integrantes do batalhão se envolveram nos combates da Guerra dos Seis Dias. Os cinco ex-integrantes alegaram, no processo, que viveram drama semelhante ao dos pracinhas da FEB (Força Expedicionária Brasileira) na Segunda Guerra Mundial. Os pracinhas recebem auxílio previsto na Constituição. Ao menos 17 "boinas azuis" suicidaram-se ao longo dos anos, após a volta ao Brasil, segundo as contas dos amigos. O juiz Edgard Lippmann Júnior, da 4ª Turma do TRF, disse que a exclusão dos "boinas azuis" representa "uma restrição casuística que visivelmente afronta o princípio da isonomia". A decisão referente ao processo, iniciado em 1996, foi publicada anteontem. (DA AGÊNCIA FOLHA, EM PORTO ALEGRE) Texto Anterior: Frase Próximo Texto: Caso TRT: Estevão desiste de processar a União Índice |
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