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Tucano já recusou pasta
da Redação
A idéia de ter o economista
José Serra à frente do Ministério da Saúde não é exatamente
nova. O presidente Fernando
Henrique Cardoso chegou a
convidá-lo para assumir a pasta em dezembro de 1996, mas
Serra recusou-se a voltar ao
ministério naquele momento.
Na época, havia sido derrotado na eleição municipal de São
Paulo, na qual ficou atrás de
Celso Pitta (PPB) e Luiza Erundina, então no PT. Sua campanha começou tarde: Serra relutava em ser candidato e só aceitou depois de forte pressão de
seu partido, o PSDB.
Para concorrer, Serra deixou
o posto de ministro do Planejamento, que ocupara desde o
início do governo. No Planejamento, Serra era visto como
uma espécie de "superministro" de FHC: reunia habilidade
política e capacidade técnica.
A carreira política do paulistano da Mooca José Serra, 56,
começou nos anos 60, à frente
do movimento estudantil.
Formou-se em engenharia
civil pela Universidade de São
Paulo em 1964, mesmo ano em
que foi exilado por sua atuação
na UNE (União Nacional dos
Estudantes). Em 72, tornou-se
mestre em Economia pela Universidade do Chile e, em 76,
doutor em Economia pela Cornelle University, nos EUA.
Voltou ao Brasil em 78. Seu
primeiro cargo público foi o de
secretário de Economia e Planejamento do Estado de São
Paulo durante o governo de
Franco Montoro (83-86).
Elegeu-se deputado federal
pela primeira vez em 87, ainda
pelo PMDB. Depois, fez parte
do grupo que deixou o partido
para fundar o PSDB, em 88. Já
como tucano, disputou a Prefeitura de São Paulo naquele
mesmo ano, quando foi derrotado por Erundina. Em 90, reelegeu-se deputado com a
maior votação do Estado.
Nas eleições de 94, foi o senador mais votado do Brasil, mas
logo assumiu sua vaga no Ministério. Deixou o cargo no fim
de maio de 96, com a promessa
de que teria lugar no governo
caso não vencesse a eleição.
Quase dois anos depois, assume a saúde com a promessa
de ter uma fonte permanente
de recursos, que pode ser a
criação de um imposto definitivo para substituir a CPMF,
que deixa de ser cobrada em janeiro do ano que vem.
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