São Paulo, quinta-feira, 23 de abril de 2009

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Para irmão de Franklin, relatório da PF é "dossiê"

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Investigado pela Polícia Federal em suposto esquema de aumentar o valor de royalties pagos a municípios pela Petrobras, o diretor da ANP (Agência Nacional do Petróleo) Victor de Souza Martins afirmou ontem, na Comissão de Minas e Energia da Câmara, que o relatório da investigação "tem toda a aparência" de um "dossiê" produzido por um "araponga".
Irmão do ministro Franklin Martins (Comunicação Social), Victor negou fraude, disse, sem detalhar, ser alvo de interesses que teria contrariado e que a acusação contra ele é pessoal. "Passei a ser Victor Martins, irmão do ministro. Quando fui indicado para diretor da ANP, meu irmão trabalhava na Globo, não era ministro."
O Tribunal de Contas da União disse que fará auditoria na ANP focando os royalties.
No início do mês, a Folha publicou que relatório de equipe de inteligência da PF coloca Victor no centro do suposto esquema. O caso tinha sido noticiado pela revista "Veja". "Estamos tratando de uma coisa que tem toda a aparência de ser documento apócrifo. [De] não ser um relatório da PF, mas um dossiê produzido sei lá por qual araponga", disse Victor.
O presidente da comissão, Bernardo Ariston (PMDB-RJ), disse que receberá o relatório da PF e o tornará público.
Antes de publicar a reportagem, a Folha remeteu cópia do documento a um delegado da cúpula da PF, que confirmou sua origem como sendo o departamento de inteligência. O delegado disse que o nome de Victor havia sido excluído do inquérito para permitir que as investigações prosseguissem sob sigilo. E que a PF investigaria o vazamento. Oficialmente, a instituição disse que não comenta investigação em curso.


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