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Para irmão de Franklin, relatório da PF é "dossiê"
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Investigado pela Polícia Federal em suposto esquema de
aumentar o valor de royalties
pagos a municípios pela Petrobras, o diretor da ANP (Agência
Nacional do Petróleo) Victor de
Souza Martins afirmou ontem,
na Comissão de Minas e Energia da Câmara, que o relatório
da investigação "tem toda a
aparência" de um "dossiê" produzido por um "araponga".
Irmão do ministro Franklin
Martins (Comunicação Social),
Victor negou fraude, disse, sem
detalhar, ser alvo de interesses
que teria contrariado e que a
acusação contra ele é pessoal.
"Passei a ser Victor Martins, irmão do ministro. Quando fui
indicado para diretor da ANP,
meu irmão trabalhava na Globo, não era ministro."
O Tribunal de Contas da
União disse que fará auditoria
na ANP focando os royalties.
No início do mês, a Folha publicou que relatório de equipe
de inteligência da PF coloca
Victor no centro do suposto esquema. O caso tinha sido noticiado pela revista "Veja". "Estamos tratando de uma coisa
que tem toda a aparência de ser
documento apócrifo. [De] não
ser um relatório da PF, mas um
dossiê produzido sei lá por qual
araponga", disse Victor.
O presidente da comissão,
Bernardo Ariston (PMDB-RJ),
disse que receberá o relatório
da PF e o tornará público.
Antes de publicar a reportagem, a Folha remeteu cópia do
documento a um delegado da
cúpula da PF, que confirmou
sua origem como sendo o departamento de inteligência. O
delegado disse que o nome de
Victor havia sido excluído do
inquérito para permitir que as
investigações prosseguissem
sob sigilo. E que a PF investigaria o vazamento. Oficialmente,
a instituição disse que não comenta investigação em curso.
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