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Kroll e banqueiro negam ter cedido dossiê a revista
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O banqueiro Daniel Dantas e
a empresa de investigação
Kroll enviaram à Polícia Federal ofícios nos quais dizem não
ser responsáveis por alimentar
a revista "Veja" com um dossiê
que traz informações relativas
a supostas contas bancárias de
autoridades no exterior.
Entre os correntistas apontados na reportagem está o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, com a ressalva de que a revista afirma
que não teve meios legais para
checar a veracidade das informações publicadas na edição da
semana passada.
A PF instaurou inquérito para apurar a veracidade dos dados e, se falsos, a responsabilidade pela montagem do dossiê.
Por meio de sua assessoria de
imprensa, a PF disse ter convidado para prestar depoimento,
como testemunhas, o jornalista
Márcio Aith e o colunista Diogo
Mainardi. Eles escreveram sobre as supostas contas e atribuíram a Dantas a responsabilidade pelo dossiê. Ainda conforme a PF, diante do convite,
Aith e Mainardi disseram que
somente poderão se apresentar
para prestar depoimento na
primeira semana de junho.
O dossiê que enumera as supostas contas ilegais aponta entre os correntistas o senador
Romeu Tuma (PFL-SP) e o diretor-geral da PF, delegado
Paulo Lacerda. Tuma colocou
seu sigilo bancário à disposição
da PF e, em ofício, pede o aprofundamento das investigações.
Lacerda
Em novembro do ano passado, o diretor-geral da PF, ao tomar conhecimento de boatos
relativos ao dossiê, expediu ofícios para nove departamentos
do órgão pedindo a apuração
sobre a existência de uma conta
bancária a ele atribuída no exterior. Lacerda afirma tratar-se
de um homônimo e tem dito
que irá processar a revista.
Como resultado preliminar
da investigação da PF sobre seu
diretor-geral, foi identificado
nos registros da agenda do doleiro Antonio Carlos Claramunt, o Toninho da Barcelona,
que está preso, uma referência
a uma pessoa chamada "PA Lacerda". Trata-se de um corretor
de imóveis. Ouvido pela PF, no
dia 2 de dezembro de 2005, ele
afirmou ter feito transações financeiras com Barcelona
quando recebia moeda estrangeira de seus clientes.
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