São Paulo, quarta-feira, 23 de junho de 2004 |
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PANORÂMICA MINISTÉRIO PÚBLICO Decisão contra atuação de procurador pode prejudicar caso Banestado O procurador da República Vladimir Aras disse que uma jurisprudência contra o poder de investigar do Ministério Público vai comprometer o trabalho da força-tarefa de procuradores do caso Banestado. "Pode não haver arquivamento total do caso, mas o prejuízo será inestimável", afirmou. Segundo Aras, já há advogados de acusados de operações ilegais de remessas de dinheiro para o exterior se adiantando e pedindo na Justiça o impedimento do Ministério Público na condução desse caso. Desde sua criação, em 2002, a força-tarefa que apura suspeitas de lavagem de dinheiro em remessas de CC5 (contas de não-residentes no país) pelo Banestado denunciou à Justiça 370 pessoas e conseguiu bloquear R$ 160 milhões em bens de suspeitos. Aras diz que, apesar de a primeira parte das investigações ter sido conduzida pela Polícia Federal, sem a entrada do Ministério Público "as investigações ainda estariam emperradas" por instrumentos jurídicos usados por advogados para travar as investigações. O procurador Deltan Dallagnol disse que o afastamento do Ministério Público de qualquer investigação "gera injustiça e mais burocracia". "A quem interessa que o Ministério Público não investigue?", questionou. (DA AGÊNCIA FOLHA) Texto Anterior: Ensaio: Acaba em demissão foto em ministério Próximo Texto: Ensaio na Esplanada: Fotos no ministério acabam em demissão Índice |
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