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Servidor hesitou em denunciar por medo de revide
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O ex-chefe do Departamento de
Contratação e Administração de
Material dos Correios Maurício
Marinho hesitou em expor as sugestões de "linhas de investigação" para a CPI dos Correios porque tinha "medo" de sofrer retaliações de fornecedores que mantêm negócios com a empresa.
Marinho só levantou as suspeitas ontem pela manhã, durante o
depoimento, depois que seus advogados o pressionaram a cumprir a palavra empenhada antes e
ameaçaram deixar a sala da CPI.
No depoimento, ele apontou
contratos nos Correios que, no
seu entender, deveriam ser investigados pelos parlamentares.
A estratégia havia sido definida
entre e ele e seus advogados antes
do primeiro dia do depoimento,
anteontem. O tempo passava e
Marinho não chegava ao ponto
anteriormente combinado com
os advogados. Estes queriam cobrar publicamente o compromisso de Marinho e por isso pediram
um aparte ao presidente da CPI,
Delcídio Amaral (PT-MS), que o
negou por afronta ao regimento.
Após as denúncias, o presidente
da comissão disse, à imprensa,
que já pediu proteção policial para Marinho. O relator, o deputado
Osmar Serraglio (PMDB-PR), recebeu com reticência as suspeitas
lançadas por Marinho.
(RV e MS)
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