São Paulo, quinta-feira, 23 de junho de 2005

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Servidor hesitou em denunciar por medo de revide

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O ex-chefe do Departamento de Contratação e Administração de Material dos Correios Maurício Marinho hesitou em expor as sugestões de "linhas de investigação" para a CPI dos Correios porque tinha "medo" de sofrer retaliações de fornecedores que mantêm negócios com a empresa.
Marinho só levantou as suspeitas ontem pela manhã, durante o depoimento, depois que seus advogados o pressionaram a cumprir a palavra empenhada antes e ameaçaram deixar a sala da CPI.
No depoimento, ele apontou contratos nos Correios que, no seu entender, deveriam ser investigados pelos parlamentares.
A estratégia havia sido definida entre e ele e seus advogados antes do primeiro dia do depoimento, anteontem. O tempo passava e Marinho não chegava ao ponto anteriormente combinado com os advogados. Estes queriam cobrar publicamente o compromisso de Marinho e por isso pediram um aparte ao presidente da CPI, Delcídio Amaral (PT-MS), que o negou por afronta ao regimento.
Após as denúncias, o presidente da comissão disse, à imprensa, que já pediu proteção policial para Marinho. O relator, o deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR), recebeu com reticência as suspeitas lançadas por Marinho. (RV e MS)


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