São Paulo, quarta-feira, 23 de agosto de 2000


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PAINEL



Primeira baixa
Luiza Erundina (PSB) avisou a Bandeirantes que pretende boicotar o debate entre candidatos a ser promovido pela emissora. Alega que perdeu tempo demais em razão da desorganização da TV, que foi obrigada pela Justiça a suspender o debate por duas vezes. A emissora ainda tenta convencê-la, alegando que, desta vez, fará tudo conforme a lei.

Miss holofote
Surpreendida pela disposição da ex-prefeita, a TV Bandeirantes esperava ontem que Marta (PT), líder nas pesquisas, e não Erundina (PSB), fosse anunciar sua desistência de ir ao debate. No PT, a orientação é que Marta vá para o confronto. Até porque, diz-se, "ela é muito melhor de TV que o senador Suplicy, que debateu com Maluf em 92".

Esquerda festiva
Marta Suplicy (PT) compareceu à Rede Bandeirantes anteontem à noite inovando nos trajes. Vestindo um terninho cor de creme, a petista calçava tênis brancos da marca Chanel. E usava um par de meias para lá de moderno -todo listrado de amarelo, laranja e vermelho.

Ponte aérea
Paulo Maluf (PPB) interrompeu ontem a campanha em SP para almoçar no Jardim Botânico com a cúpula das Organizações Globo. Estavam entre os comensais os três filhos de Roberto Marinho: Roberto Irineu, João Roberto e José Roberto.

Sujeira eleitoral
Adversários de Patrícia Gomes (PPS), ex-mulher do presidenciável Ciro Gomes e candidata à Prefeitura de Fortaleza, estão pichando os muros da cidade com um comentário pérfido: "Patrícia, nem o Ciro aguentou".

Bom aluno
No dia em que FHC anunciou o código de ética, Paulo Renato (Educação) viajou de Brasília a São Paulo em avião de carreira, com passagem paga pelo PSDB, para assistir "in loco" ao debate micado da TV Bandeirantes.


Para as calendas
Geddel Vieira Lima (PMDB) e Inocêncio Oliveira (PFL) acertaram os ponteiros: não votam antes da eleição a nova Lei das Sociedades Anônimas. O tema só volta à discussão no final de outubro ou no início de novembro. Ou seja, se o governo não jogar firme, a votação fica para 2001.

Venda ameaçada
O atraso na votação da Lei das S/A atinge em cheio a privatização de Furnas. Devido ao novo modelo adotado, de venda pulverizada das ações, a proposta não sai do papel antes que a nova lei garanta direitos de acionistas minoritários. É um ingrediente a mais a dificultar a votação do projeto na Câmara.

Esperando Godot
O Ministério da Justiça determinou que a Polícia Federal ofereça proteção a Saulo Pedrosa (PSDB), candidato a prefeito de Barreiras (BA), ameaçado por pistoleiros. Não apareceu nenhum agente. O tucano está desalentado. Se a PF não tem gente para prender Lalau, o que dirá para dar garantias a Saulo.

Sem diálogo
Everardo Maciel (Receita Federal) está tentando, via Ministério Público de São Paulo, uma conversa com os procuradores federais de Brasília. Motivo: eles já entraram com uma ação para acabar com a redução do IPI sobre a cerveja e ameaçam entrar agora com outra, contra a redução do imposto sobre o cigarro. E não querem conversa.

Visitas à Folha
José Juarez Staut Mustafá, presidente da APMP (Associação Paulista do Ministério Público), visitou ontem a Folha. Estava acompanhado de Edilson Mougenot Bonfim, presidente-executivo do 1º Congresso Mundial do Ministério Público, e de José Carlos Guedes, assessor de imprensa.   Jorge da Cunha Lima, presidente da Fundação Padre Anchieta, visitou ontem a Folha.

TIROTEIO

De Valdemar Costa Neto, líder do PL na Câmara, comentando o lançamento por FHC de um pacote de medidas para evitar desvio de verbas e normatizar o comportamento dos altos funcionários públicos:
- Do jeito que foi feito, nem parece que Fernando Henrique Cardoso está referindo-se ao seu próprio governo.

CONTRAPONTO
O prefeito e o "economês"
O deputado Inocêncio Oliveira (PFL) gosta de contar "causos" da política Pernambucana, mas, ontem, apareceu com uma história ocorrida na Paraíba.
Segundo Inocêncio, o "capitão" Dalmo Teixeira, prefeito de Juru (PB), resolveu fazer uma palestra aos agricultores da região, após uma longa estiagem.
Firme, Dalmo Teixeira fez um balanço das providências que tomara para enfrentar a seca. Entre elas, ofícios enviados aos presidentes do Banco do Brasil e do Estado da Paraíba.
- Solicitei que providenciem, junto aos governos, empréstimos agrícolas para a região a prazos curtos e juros longos!
Alguém tentou corrigir:
- Capitão, é o contrário. Prazos longos e juros curtos!
Mas o prefeito não deu o braço a torcer:
- Desde que o dinheiro venha, os pronomes não têm a menor importância!


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