São Paulo, quinta-feira, 23 de agosto de 2007

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Toda Mídia

Nelson de Sá

Vale a pena ver de novo

No Terra Magazine, "Julgamento derruba o site do Supremo". Foi a primeira vez. A transmissão seguiu por alguns portais, mas as manchetes de UOL, G1 e outros eram legendas de qual advogado discursava então, pouco mais. O espetáculo arrastado tampouco animou rádios e canais de notícias. Até a blogosfera brasiliense preferiu Renan Calheiros e Denise Abreu.
No fim do dia, liam-se enunciados genéricos como "procurador reforça denúncia", da Folha Online à Reuters Brasil, com poucos arriscando além. No "JN", "Supremo começa a julgar escândalo do mensalão". E tome edição das performances, "déjà vu" sem fim.

ULTRAPASSAGEM
O site Hollywood Reporter, com eco no Blue Bus, noticiou pesquisa da IBM nos EUA, Alemanha, Japão e outros, sob o título "TV está tomando o banco de trás da web", com tendências para publicidade.
O "tempo que consumidor gasta na web rivaliza com o da TV", na conclusão principal. Para 19%, web já é a primeira mídia. Para 8%, ainda é TV.

GRANDE O BASTANTE
A Bloomberg deu ontem longa reportagem sobre a eventual fusão entre Brasil Telecom e Telemar, com uma entrevista do ministro Hélio Costa e o anúncio de que, para isso, a legislação pode mudar.
A tele brasileira resultante "seria grande o bastante para avançar pela América Latina contra a mexicana Telmex e a espanhola Telefônica".

web.worldbank.org
DO BANCO MUNDIAL
Questionado globalmente, o Bird deu manchete em seu site para o Bolsa Família, que "ajuda a quebrar o ciclo de pobreza no Brasil" e já chega a Turquia, África do Sul etc. O Bird "está desde o início"

BRICS E O FMI
O Fundo é outro sob fogo. O "Financial Times" e agências deram que a Rússia indicou um tcheco à direção, contra a opção européia. Rússia que afirma ter o apoio dos Brics. Não segundo o "FT", baseado em indícios vagos e indiretos das posições do Brasil, da Índia e da China.

CHINA VS. EUA
Nos sites do "Washington Post" ao "China Daily", sinais de que EUA e China caminham para confronto no comércio, com acusações de lado a lado sobre a suposta baixa qualidade dos alimentos que importam.
O primeiro destacou ameaça da China à soja americana. O segundo, a crítica da China ao "protecionismo" dos EUA, em suas críticas à carne chinesa.

BRASIL VS. EUA
E o Brasil divulgou desde Genebra, pela agência AP, sua insatisfação com os EUA na primeira rodada de conversas sobre o novo questionamento indo-brasileiro aos subsídios americanos, levado à OMC.

John T. Greilick - detnews.com
O busto de Henry Ford, no ABC

DETROIT VAI À BAHIA
Pelo segundo dia, o "Detroit News" deu manchete para uma série que traz as experiências de GM e Ford por aqui como a saída para a indústria automobilística dos EUA, que tem sua sede histórica na cidade de Detroit.
Ontem, a manchete era o "campo de prova" da Ford, "Fábrica de Camaçari no Brasil é o modelo para o futuro". No dia anterior, "GM e Ford anulam perdas nos EUA com ganhos ao Sul do Equador". Já foram seis longos textos no jornal, mais nove vídeos no site, ouvindo do presidente da Ford americana ao do sindicato dos metalúrgicos do ABC, que mostrou "espírito de cooperação". A série acaba hoje, mostrando como "o Brasil ergueu a primeira economia de etanol" e "os EUA expandem o uso de biocombustíveis".

CARROS, CARROS
Ontem também, Reuters e MarketWatch noticiaram que GM e Ford avaliaram, desde Detroit, que o crescimento que as sustentou no Brasil vai prosseguir, apesar dos mercados voláteis. O desafio seria "atender à demanda".

DESPENCA-E-DISPARA
Fim do dia, nos destaques todos de economia, a notícia de que a Bovespa alcançou "a segunda maior alta do ano".
E na Ásia os pregões de hoje abriam com "ganhos agudos". Na submanchete do Market Watch, "a liquidez retorna".


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@ - Nelson de Sá


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