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Tucano faz propostas genéricas e promete criar secretaria municipal da Segurança
Ricardo Nogueira/Folha Imagem
![](../images/n2308200801.jpg) |
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O ex-secretário de Segurança Saulo de Castro, que foi ao evento
ANA FLOR
JOSÉ ALBERTO BOMBIG
DA REPORTAGEM LOCAL
No lançamento do plano de
governo do candidato a prefeito de São Paulo Geraldo Alckmin, ontem, sobraram apelos à
unidade do PSDB e críticas à
atual administração da capital.
Dentre as propostas, está a de
criar no município uma nova
pasta, a Secretaria de Segurança Urbana e Cidadã.
O projeto não detalha qual
será a função exata do órgão
nem de onde sairá o dinheiro
para sua manutenção, mas, segundo a Folha apurou, na concepção do projeto está o ex-secretário de Segurança de Alckmin Saulo de Castro Abreu Filho, um os coordenadores do
plano de governo.
Promotor público, Saulo esteve no governo de 2002 e
2006. Logo no primeiro ano,
ele comandou a Operação Castelinho da PM, que matou 12
supostos criminosos em Sorocaba. O secretário sofreu críticas de entidades de defesa de
direitos humanos.
Em 2005, ele foi investigado
por suspeita de abuso de poder.
Preso no trânsito enquanto se
dirigia a um restaurante no
Itaim Bibi, o então secretário
acionou a Polícia Civil para
averiguar os responsáveis pelo
engarrafamento. Dois funcionários do restaurante foram algemados e levados à delegacia.
Procurado pela Folha, Saulo
disse que não gostaria de comentar sua participação na elaboração do programa. "É natural que todos os ex-secretários
colaborem", afirmou Edson
Aparecido, coordenador da
campanha de Alckmin.
Apesar das críticas, na gestão
de Saulo o índice de homicídios
dolosos no Estado iniciou uma
trajetória de queda -62% desde 1999. Naquele ano, a Secretaria de Segurança Pública registrou 12,8 mil homicídios,
contra 4.800 em 2007.
Em dificuldades financeiras
na campanha, Alckmin lembrou ontem que foi parceiro de
José Serra quando ele esteve à
frente da prefeitura (2005 a
março de 2006) e evocou a importância de ambos na fundação de seu partido.
"O meu companheiro e grande governador José Serra é, como eu, fundador do PSDB." Em
seguida, Alckmin, que estava
no Palácio dos Bandeirantes
em 2005, citou sua parceria
com o governador, que até agora tem aparecido no programas
de TV do DEM e do PSDB:
Um dos textos apresentados
pela campanha é direto nas críticas à atual gestão: "Reconhecemos o mau atendimento
existente nas unidades de saúde da prefeitura". Em outro, cita a iluminação precária na cidade: "São Paulo está escura e
insegura".
O programa não detalha a
origem da maior parte dos recursos, ou fala apenas em parcerias privadas e com os governos estadual e federal.
Outras propostas são genéricas e fogem da alçada municipal, como, "instar a Petrobras a
desenvolver medidas para uso
imediato de energias limpas".
A campanha quer detalhar,
até metade de setembro, a viabilidade e as formas de financiamento para as propostas.
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