|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
OUTRO LADO
Contrato é legal, diz Embratur
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
E DA SUCURSAL DO RIO
Tanto a Embratur quanto a Artplan Prime defendem os contratos para a realização do Pavilhão
de Hannover e dizem que todos
os procedimentos foram legais.
Caio Cibella de Carvalho, presidente da Embratur, diz que recebeu parecer favorável da AGU para fazer o contrato. "Não há ninguém no Brasil que possa me acusar de improbidade nesse caso.
Todo mundo sabe que a Embratur foi chamada para apagar o incêndio. Além do mais, eu mesmo
mandei suspender os pagamentos quando essa história toda começou", afirmou Carvalho.
O presidente da Embratur, assim como o ex-ministro Rafael
Greca, diz que "confia na Justiça"
e que "o pavilhão brasileiro em
Hannover é um sucesso".
A Folha procurou ainda na tarde de ontem Paulo Henrique Cardoso e falou com sua secretária,
no Rio. Obteve a afirmação de que
ele receberia o recado, mas não
houve nenhum contato até a conclusão desta edição. A reportagem telefonou outras vezes para o
escritório, mas ninguém atendeu.
O tal "incêndio", segundo explica o advogado da Artplan, José
Márcio Mollo, teria sido o fato de,
um mês antes do prazo para o início da montagem do pavilhão,
não haver ainda nada preparado.
Mollo diz que, para cumprir os
prazos determinados pelos organizadores alemães, o governo
brasileiro designou a Embratur,
que teria se utilizado legitimamente de seu contrato com a Artplan. A agência, por sua vez, subcontratou uma empresa portuguesa, a Perich/Evidência, e passou a supervisionar seu trabalho.
O advogado diz ainda que "nem
um tostão" do dinheiro pago até
agora pela Embratur passou pela
Artplan, e diz que a ação do procurador Luiz Francisco de Souza
contém "mentiras". "Ele diz que
pavilhão é obra pública, quando
não é. A obra pública fica, o pavilhão será desmontado no final da
exposição", diz Mollo.
Já o ex-ministro Greca informou que sua única participação
na montagem do pavilhão de
Hannover foi "nos debates intelectuais". Segundo os procuradores, o ministro foi diretamente
responsável por ter sido presidente do comitê de organização e por
ser o responsável pelas atividades
da Embratur. Greca afirma que,
quando chegou ao ministério, as
despesas com o pavilhão já estavam previstas no Orçamento.
O ministro do Itamaraty Cesário Mellantônio está na Alemanha
e não foi encontrado.
A cenógrafa Bia Lessa não foi
encontrada ontem. Em sua casa, a
Folha foi informada de que a cenógrafa estaria em seu escritório.
Lá, uma pessoa que se identificou
como Tiago disse que ela não estava. Em seu celular, uma pessoa
que se identificou como Maria informou que a cenógrafa lhe havia
emprestado o telefone. A Folha
deixou recados para Bia Lessa nos
três lugares, mas ela não ligou.
Texto Anterior: Feira consome 28% da verba dos festejos Próximo Texto: Ibama: Ministro diz que não conhecia negociações Índice
|