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BAHIA
Instalação de unidade da montadora no Estado torna-se o principal tema do discurso dos dois principais candidatos à Prefeitura de Salvador: Imbassahy (PFL) e Pellegrino (PT)
ACM diz que brigou para levar Ford à BA
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SALVADOR
Uma indústria automotiva
que está sendo construída fora
de Salvador (BA) tornou-se o
principal tema do discurso dos
dois principais candidatos à
prefeitura da capital -Antonio Imbassahy (PFL) e Nelson
Pellegrino (PT).
Anteontem o PFL utilizou
seu programa para dizer que
foi o responsável pela ida da
Ford ao Estado. "Foi uma luta
titânica que empreendemos no
Brasil, inclusive contra o governo federal, para que ele abrisse
os olhos e visse que a Bahia e o
Nordeste necessitavam de uma
industrialização completa e
perfeita", disse Antonio Carlos
Magalhães, principal cabo eleitoral de Imbassahy.
O PFL responsabilizou o PT
gaúcho por ter deixado escapar
a fábrica da Ford. "Olívio Dutra
provocou enorme insegurança
na sociedade gaúcha. Rompeu
o acordo firmado entre o governo anterior e a Ford e, em
conseqüência disso, a montadora desistiu de se instalar no
Estado", disse o locutor. "O
prejuízo foi incalculável para a
economia gaúcha."
Em seguida, afirmou que o
governo baiano travou uma
batalha política e administrativa para convencer os dirigentes
da Ford. "O governo da Bahia
enfrentou as reações mais estranhas, o preconceito do governador Mário Covas (SP), a
inveja de segmentos da imprensa e uma oposição cerrada
de outros Estados."
O governador César Borges
(PFL) e o senador Paulo Souto
(PFL) disseram que o PT baiano votou contra a instalação da
Ford. Imbassahy também tentou capitalizar a ida da Ford para a Bahia. "Com a instalação
da Ford, o mercado imobiliário
e a ocupação hoteleira vão dar
um grande salto em Salvador. É
inaceitável que alguém possa
votar contra um projeto como
o da Ford", disse o atual prefeito, referindo-se a Nelson Pellegrino, seu principal adversário.
Em seu horário eleitoral, Pellegrino disse que não votou
contra a instalação da Ford.
"Fui contra os benefícios concedidos para a montadora, o
que é diferente." O PT também
resolveu aumentar as críticas a
ACM em seu horário político.
(LUIZ FRANCISCO)
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