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RIO GRANDE DO SUL
Promotoria investiga suspeita contra dois auxiliares de Yeda
GRACILIANO ROCHA
DA AGÊNCIA FOLHA, EM PORTO ALEGRE
O Ministério Público do
Rio Grande do Sul vai investigar dois auxiliares da governadora Yeda Crusius
(PSDB) por suspeita de receber dinheiro de empresários
como complemento salarial.
Os investigados são o secretário de Governo, Erik
Camarano, e o presidente da
Procergs (estatal de processamento de dados do Rio
Grande do Sul), Ronei Martins Ferrigolo.
O anúncio da investigação
foi feito pelo procurador-geral de Justiça, Mauro Renner, depois que a revista "Veja" afirmou que Camarano,
que recebe salário de R$
6.120, tinha um rendimento
mensal de R$ 20 mil -a diferença seria bancada pela
ONG Pólo RS, mantida por
empresários. Segundo a revista, Ferrigolo recebe mensalmente R$ 15 mil da Federasul (Federação das Associações Comerciais e de Serviços do Rio Grande do Sul).
Os dois negam as acusações.
Camarano afirma que recebeu pagamentos da Pólo
RS referentes a serviços de
consultoria que prestou antes de assumir a secretaria.
Ferrigolo também disse
que recebeu pagamentos da
Federasul por serviços de
consultoria prestados antes
de assumir a Procergs.
As suspeitas sobre a existência da suposta mesada são
mais um capítulo da crise política atravessada por Yeda.
Em pouco mais de 20 meses
de governo, Yeda já promoveu 18 trocas no primeiro escalão de seu governo.
Movida por escândalos de
corrupção que começaram
em novembro de 2007,
quando a PF desmontou um
esquema que teria desviado
R$ 44 milhões do Detran-RS,
a crise já abateu o núcleo político do governo. Hoje 40
pessoas respondem a processos criminais por causa
do desvio. O governo disse
ontem que vai acompanhar
as novas investigações.
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