São Paulo, segunda-feira, 23 de outubro de 2006

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Passeatas contra e pró Lula se encontram na zona sul do Rio, sem violência

ITALO NOGUEIRA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, NO RIO

Com céu aberto e sol forte na manhã de ontem, integrantes dos grupos "Lula Sim" e "Lula Não" trocaram a areia da praia pelo calçadão da zona sul do Rio e se cruzaram durante suas passeatas.
O encontro entre os rivais, que já custou o dedo de uma petista e muitas discussões no Leblon, ontem foi pacífico, mas cheio de provocações.
Durante o encontro dos dois grupos, na altura do Posto 9, em Ipanema, havia a preocupação com algum excesso de violência. "Não responderemos agressivamente", falava, a todo momento, um petista com megafone.
"Alalaô, alalaê/Chega dessa roubalheira/Mensalão e dossiê", entoava o grupo contrário ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Como resposta, o grupo petista cantava "Lula sim/Lula sim/Porque eu não penso só em mim". Numericamente inferior, o canto dos simpatizantes do PT foi abafado pelos gritos do grupo "Lula Não" e de banhistas, que, em sua maioria, apoiaram o grupo anti-Lula.
"Aqui é uma região mais elitizada, por isso temos menos adeptos", lamentou Nelio Faria, 51, um dos integrantes do grupo "Lula Sim".
"Mas a nossa campanha é afirmativa. Preocupa um pouco esse acirramento dos ânimos".
"Voto [no Alckmin] porque não tem opção", confessa a médica Ana Hall, 54.
"Voto [no Alckmin] porque sou esclarecido. E quem é não pode apoiar essa corrupção toda. Ele pode não ser o candidato ideal, mas se não for ele, será o Lula. E ele com certeza eu não quero", endossou o marido de Hall, o também médico Adaías Vieira, 54.


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