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Passeatas contra e pró Lula se encontram na zona sul do Rio, sem violência
ITALO NOGUEIRA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, NO RIO
Com céu aberto e sol forte
na manhã de ontem, integrantes dos grupos "Lula
Sim" e "Lula Não" trocaram a
areia da praia pelo calçadão
da zona sul do Rio e se cruzaram durante suas passeatas.
O encontro entre os rivais,
que já custou o dedo de uma
petista e muitas discussões
no Leblon, ontem foi pacífico,
mas cheio de provocações.
Durante o encontro dos
dois grupos, na altura do Posto 9, em Ipanema, havia a
preocupação com algum excesso de violência. "Não responderemos agressivamente", falava, a todo momento,
um petista com megafone.
"Alalaô, alalaê/Chega dessa
roubalheira/Mensalão e dossiê", entoava o grupo contrário ao presidente Luiz Inácio
Lula da Silva.
Como resposta, o grupo petista cantava "Lula sim/Lula
sim/Porque eu não penso só
em mim". Numericamente
inferior, o canto dos simpatizantes do PT foi abafado pelos gritos do grupo "Lula Não"
e de banhistas, que, em sua
maioria, apoiaram o grupo
anti-Lula.
"Aqui é uma região mais
elitizada, por isso temos menos adeptos", lamentou Nelio
Faria, 51, um dos integrantes
do grupo "Lula Sim".
"Mas a nossa campanha é
afirmativa. Preocupa um
pouco esse acirramento dos
ânimos".
"Voto [no Alckmin] porque
não tem opção", confessa a
médica Ana Hall, 54.
"Voto [no Alckmin] porque
sou esclarecido. E quem é não
pode apoiar essa corrupção
toda. Ele pode não ser o candidato ideal, mas se não for
ele, será o Lula. E ele com certeza eu não quero", endossou
o marido de Hall, o também
médico Adaías Vieira, 54.
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