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OUTRO LADO
Ex-prefeito quer processar Estado por danos morais
DA REPORTAGEM LOCAL
O ex-prefeito Paulo Maluf
ainda não decidiu sobre eventual recurso contra a decisão
que determinou o sequestro de
"bens e importâncias" existentes em seu nome e de seus familiares em Jersey, mas determinou a seus advogados a abertura de processo contra o governo paulista por danos morais.
Em nota à imprensa, Maluf se
disse prejudicado por "todo esse estardalhaço mentiroso
montado pelos promotores
(...), em torno de uma coisa que
não existe [o dinheiro depositado em Jersey" e sobre a qual
eles tentam há mais de cinco
meses, inutilmente, encontrar,
sem sucesso, evidências ou sequer indícios".
O ex-prefeito negou ainda
que tenha cometido atos de improbidade administrativa.
Em outra nota, os advogados
Ricardo Tosto e Paulo Guilherme Lopes, responsáveis pela
defesa da família Maluf, consideraram a decisão da juíza Silvia Maria de Andrade "inviável". Argumentam que o Tribunal de Justiça de São Paulo
decidiu que as investigações
sobre o caso Jersey são de competência da Justiça federal.
Os advogados ressaltam que
Maluf ainda não foi condenado
em caráter definitivo "nas poucas ações por suposta improbidade administrativa" propostas contra o ex-prefeito. São sete as ações por improbidade
em tramitação. A defesa cogita
entrar com um agravo de instrumento no TJ contra a decisão judicial de ontem.
O governador Geraldo Alckmin recusou-se a comentar as
acusações de Maluf contra o
governo do Estado. "Seria
transformar um assunto policial em político. O problema do
Maluf é com a Justiça e a polícia", declarou, por meio de sua
assessoria de imprensa.
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