São Paulo, sexta-feira, 23 de novembro de 2001

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OUTRO LADO

Ex-prefeito quer processar Estado por danos morais

DA REPORTAGEM LOCAL

O ex-prefeito Paulo Maluf ainda não decidiu sobre eventual recurso contra a decisão que determinou o sequestro de "bens e importâncias" existentes em seu nome e de seus familiares em Jersey, mas determinou a seus advogados a abertura de processo contra o governo paulista por danos morais.
Em nota à imprensa, Maluf se disse prejudicado por "todo esse estardalhaço mentiroso montado pelos promotores (...), em torno de uma coisa que não existe [o dinheiro depositado em Jersey" e sobre a qual eles tentam há mais de cinco meses, inutilmente, encontrar, sem sucesso, evidências ou sequer indícios".
O ex-prefeito negou ainda que tenha cometido atos de improbidade administrativa.
Em outra nota, os advogados Ricardo Tosto e Paulo Guilherme Lopes, responsáveis pela defesa da família Maluf, consideraram a decisão da juíza Silvia Maria de Andrade "inviável". Argumentam que o Tribunal de Justiça de São Paulo decidiu que as investigações sobre o caso Jersey são de competência da Justiça federal.
Os advogados ressaltam que Maluf ainda não foi condenado em caráter definitivo "nas poucas ações por suposta improbidade administrativa" propostas contra o ex-prefeito. São sete as ações por improbidade em tramitação. A defesa cogita entrar com um agravo de instrumento no TJ contra a decisão judicial de ontem.
O governador Geraldo Alckmin recusou-se a comentar as acusações de Maluf contra o governo do Estado. "Seria transformar um assunto policial em político. O problema do Maluf é com a Justiça e a polícia", declarou, por meio de sua assessoria de imprensa.



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