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Governadores tucanos negociam pró-CPMF
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Enquanto a bancada do partido no Congresso bate o pé
contra a prorrogação da CPMF,
governadores do PSDB negociavam ontem reservadamente
com seus aliados estaduais, durante a convenção do partido,
para angariar votos em favor da
emenda.
Com dois "presidenciáveis"
para 2010- os governadores
José Serra (SP) e Aécio Neves
(MG)-, parte da cúpula do partido avalia que a arrecadação do
imposto do cheque, cuja previsão para o ano que vem é de R$
40 bilhões, é crucial.
"Será um grande erro do
Congresso Nacional e dos senadores do PSDB votar contra a
CPMF", disse o governador de
Alagoas, Teotônio Vilela.
Publicamente, entretanto, o
alagoano foi o único a se manifestar abertamente pela aprovação da emenda. Oficialmente, a bancada de 13 senadores
declarou que votará contra. O
governo avalia, entretanto, que
com a ajuda dos governadores
conseguiria até quatro votos
tucanos.
"As negociações fazem parte
do jogo", disse a governadora
gaúcha, Yeda Crusius, para
quem as negociações no Senado acabaram prejudicadas pela
tese do terceiro mandato do
presidente Lula.
"Essa é uma questão que não
cabe aos governadores tratar. A
gente conversa sobre isso internamente, mas publicamente
não vou me manifestar", afirmou o governador de São Paulo, José Serra.
O governador Aécio Neves
(MG) disse que o sucesso da
empreitada depende do Palácio
do Planalto. "Hoje, depende
mais do governo apresentar
uma proposta consistente que
atenda à sociedade na desoneração tributária e nos investimentos da saúde", disse. "Se
não, a decisão do Senado [contra] é final", emendou.
O ex-presidente Fernando
Henrique Cardoso disse que a
"conjuntura" do país, hoje, não
exige a continuidade do imposto até 2011, que atravessou seus
dois mandatos.
FHC rechaçou a interferência dos governadores da sigla:
"O partido tem que analisar
pensando no Brasil, no seu eleitorado e na responsabilidade
pública. Não tem que seguir
orientação de A, B ou C", disse.
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