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Painel
Cabo-de-guerra
Parlamentares dizem que, se
for cortada metade da verba que
o Judiciário tem em 99 para
construir e reformar prédios, é
possível recuperar R$ 800 milhões que foram cortados da
Saúde. Só remanejando verba.
Foi o mordomo
A investigação sobre a tentativa de roubo da conta de campanha de FHC levou a polícia até
um ex-funcionário de processamento de dados do Banco do
Brasil. Os ladrões tentaram desviar eletronicamente R$ 1 mi.
Acomodação tucana
Circula no Congresso um desenho de como ficariam as lideranças do governo em 99: Arnaldo
Madeira (Congresso), Pimenta
da Veiga (Câmara) e José Roberto Arruda (Senado). O ponto fraco do tripé é Arruda, que perdeu
a eleição no Distrito Federal.
Prêmio de consolação
Há articulação no governo para emplacar Edward Amadeo no
Sebrae. FHC ficaria com a vaga
de ministro do Trabalho livre para negociar com os aliados.
Bebendo na fonte
O presidente da OAB federal,
Reginaldo de Castro, está em Roma recolhendo munição contra
as medidas provisórias. Há dois
anos a Itália limitou a validade de
MPs a 60 dias, sem direito à reedição após esse prazo. O número
de medidas baixadas pelo Executivo caiu pela metade.
Saindo do forno
O secretário-executivo da Fazenda, Pedro Parente, está esperando a volta do chefe do exterior para enviar a proposta de reforma tributária à comissão especial da Câmara nesta semana.
Quer que Malan dê o aval.
Disputa valiosa
Celso Pitta está aumentando a
cada dia a inimizade com os vereadores da antiga base malufista. Domingos Dissei, que assumiu a pasta das Administrações
Regionais, ameaça redistribuir
cargos reduzindo a influência
dos desafetos do prefeito.
E-mail:painel@uol.com.br
TIROTEIO
Do secretário de Relações Internacionais do PT, Marco Aurélio Garcia, sobre a conduta do
ministro das Comunicações:
- Os métodos de Mendonça
de Barros mostram que ele estava disposto a privatizar muito
mais que as teles. São métodos
de quem acha normal privatizar
a república. Ele, aliás, mostrou
ser uma pessoa desprovida de
qualquer senso republicano.
CONTRAPONTO
Careca muito louca
O senador Esperidião Amin
(PPB), governador eleito de Santa Catarina, costuma fazer piadas até com a própria calva, famosa na política brasileira.
Recentemente, Amin encontrou a deputada federal Esther
Grossi (PT-RS) nos corredores
do Congresso.
Sabendo que existe uma disputa no PT gaúcho pela composição do secretariado do governador eleito, Olívio Dutra, e que a
especialidade de Esther é a área
da educação, Amin brincou:
- Se o Olívio te maltratar lá no
Rio Grande, vá para Santa Catarina, que é um Estado feminista,
e nós te acolheremos com os braços abertos.
E, antes que a deputada (cotada para a pasta da Educação de
Olívio) pudesse responder,
emendou sorrindo:
- Quando o meu cabelo crescer, vou pintá-lo de azul, como o
seu, disse Amin, ironizando o fato de Esther pintar frequentemente os cabelos com cores chamativas e extravagantes.
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