São Paulo, segunda, 23 de novembro de 1998

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Painel

Cabo-de-guerra
Parlamentares dizem que, se for cortada metade da verba que o Judiciário tem em 99 para construir e reformar prédios, é possível recuperar R$ 800 milhões que foram cortados da Saúde. Só remanejando verba.


Foi o mordomo
A investigação sobre a tentativa de roubo da conta de campanha de FHC levou a polícia até um ex-funcionário de processamento de dados do Banco do Brasil. Os ladrões tentaram desviar eletronicamente R$ 1 mi.


Acomodação tucana
Circula no Congresso um desenho de como ficariam as lideranças do governo em 99: Arnaldo Madeira (Congresso), Pimenta da Veiga (Câmara) e José Roberto Arruda (Senado). O ponto fraco do tripé é Arruda, que perdeu a eleição no Distrito Federal.


Prêmio de consolação
Há articulação no governo para emplacar Edward Amadeo no Sebrae. FHC ficaria com a vaga de ministro do Trabalho livre para negociar com os aliados.


Bebendo na fonte
O presidente da OAB federal, Reginaldo de Castro, está em Roma recolhendo munição contra as medidas provisórias. Há dois anos a Itália limitou a validade de MPs a 60 dias, sem direito à reedição após esse prazo. O número de medidas baixadas pelo Executivo caiu pela metade.


Saindo do forno

O secretário-executivo da Fazenda, Pedro Parente, está esperando a volta do chefe do exterior para enviar a proposta de reforma tributária à comissão especial da Câmara nesta semana. Quer que Malan dê o aval.


Disputa valiosa
Celso Pitta está aumentando a cada dia a inimizade com os vereadores da antiga base malufista. Domingos Dissei, que assumiu a pasta das Administrações Regionais, ameaça redistribuir cargos reduzindo a influência dos desafetos do prefeito.

E-mail:painel@uol.com.br

TIROTEIO

Do secretário de Relações Internacionais do PT, Marco Aurélio Garcia, sobre a conduta do ministro das Comunicações:
- Os métodos de Mendonça de Barros mostram que ele estava disposto a privatizar muito mais que as teles. São métodos de quem acha normal privatizar a república. Ele, aliás, mostrou ser uma pessoa desprovida de qualquer senso republicano.

CONTRAPONTO
Careca muito louca

O senador Esperidião Amin (PPB), governador eleito de Santa Catarina, costuma fazer piadas até com a própria calva, famosa na política brasileira.
Recentemente, Amin encontrou a deputada federal Esther Grossi (PT-RS) nos corredores do Congresso.
Sabendo que existe uma disputa no PT gaúcho pela composição do secretariado do governador eleito, Olívio Dutra, e que a especialidade de Esther é a área da educação, Amin brincou:
- Se o Olívio te maltratar lá no Rio Grande, vá para Santa Catarina, que é um Estado feminista, e nós te acolheremos com os braços abertos.
E, antes que a deputada (cotada para a pasta da Educação de Olívio) pudesse responder, emendou sorrindo:
- Quando o meu cabelo crescer, vou pintá-lo de azul, como o seu, disse Amin, ironizando o fato de Esther pintar frequentemente os cabelos com cores chamativas e extravagantes.





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